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Arqueologistas encontraram uma construção em Tintagel que acredita-se datar dos séculos 5 e 6. | Reprodução/The Independent / Emily Whitfield-Wicks
Arqueologistas encontraram uma construção em Tintagel que acredita-se datar dos séculos 5 e 6.| Foto: Reprodução/The Independent / Emily Whitfield-Wicks

Arqueologistas encontraram, em uma expedição que terminou nesta terça (2), os restos de um palácio real da Idade Média que pode ter relação com a lenda do Rei Arthur. A descoberta aconteceu em Tintagel, na região de Cornualha (Cornwall), na Inglaterra, área conhecida por seus castelos, heranças celtas e, principalmente, por ser o local de origem da icônica história medieval. As informações são do jornal britânico The Independent.

De acordo com o jornal, há uma probabilidade de que o palácio tenha sido a residência dos governantes de um reino da antiguidade, conhecido como Dumnonia. O período de construção do edifício, que é estimado entre os séculos cinco e seis, compactua com o período de vida e local de nascimento do Rei Arthur, previsto no livro “Historia Regum Brittaniae” (História dos reis da Bretanha), do clérigo Geoffrey de Monmouth, considerado um dos mais importantes registros históricos medievais do mundo. Nunca foi esclarecido, no entanto, se a história de Arthur é verídica ou ficcional, dúvida que a descoberta pode ajudar sanar.

Além da relação com a lenda, as construções também são importantes por serem os primeiros edifícios conservados dos séculos cinco e seis – considerados o ‘coração’ do período medieval – encontrados no Reino Unido.

Até então, os arqueologistas coletaram evidências que mostram que o local era habitado pela elite da época. Fragmentos de porcelana e vidro indicam ter vindo da Turquia, Tunísia, norte da África e França, e, junto das paredes de um metro de largura, do piso de ardósia, e das escadarias, compõem um cenário de luxo.

“A descoberta de construções de alto padrão em Tintagel - possivelmente um complexo de estruturas da realeza - está transformando nossa compreensão sobre o sítio. Está ajudando a revelar o cenário da vida no local em um período de extrema importância histórica”, explicou Win Scutt, curador de patrimônio do oeste da Inglaterra ao jornal.

Colaborou: Cecília Tümler

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