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Folia em Foz | Reprodução Bom Dia Paraná
Folia em Foz| Foto: Reprodução Bom Dia Paraná

Roma – O primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, renunciou ontem com apenas nove meses no poder, depois que seu governo de centro-esquerda perdeu uma votação do Senado sobre política externa, incluindo a missão militar do país no Afeganistão.

Assessores de Prodi não descartaram a possibilidade de que o presidente italiano, Giorgio Napolitano, pediria ao primeiro-ministro demissionário para que tentasse formar um novo governo. Segundo o gabinete de Napolitano, começarão hoje as consultas políticas para determinar quais líderes terão apoio suficiente para formar um novo governo. Enquanto não sai a decisão, Prodi continuará no cargo como interino.

Partidos centrais na coalizão de centro-esquerda já declararam que querem que Prodi seja reconfirmado no cargo. "Estamos prontos para renovar nossa total confiança nele", disse Dario Franceschini, líder da coalizão Oliveira, na Câmara Baixa.

O governo perdeu a moção no Senado por apenas dois votos, apesar do pedido feito pelo ministro de Relações Exterior Massimo D’Alema para que os partidos da coalizão se unissem no apoio à declaração de política externa do governo.

O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, líder da oposição conservadora, disse que a derrota significou que Prodi e sua coalizão – composta desde democratas cristãos até comunistas – tinham a "obrigação" de renunciar. "A política externa envolve o papel e a imagem da Itália no mundo", afirmou. Berlusconi, que administrou o envio de 1.800 militares ao Afeganistão e perdeu o cargo de primeiro-ministro em abril.

O governo de Prodi concordou em manter a missão no país asiático estimulando protestos de seus próprios aliados comunistas.

Um decreto para refinanciar a missão do Afeganistão aguarda aprovação parlamentar. Ele foi aprovado pelo Gabinete no mês passado, mas três ministros de esquerda abandonaram a votação para sinalizar seu repúdio à medida. O Parlamento tem até o fim de março para transformar o decreto em lei.

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