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Guarda costeira da Itália informou ontem que o naufrágio do Costa Concordia tem 29 desaparecidos – 25 passageiros e 4 tripulantes; trabalho de resgate seguiria pelo menos até a madrugada de hoje | Filippo Monteforte/AFP
Guarda costeira da Itália informou ontem que o naufrágio do Costa Concordia tem 29 desaparecidos – 25 passageiros e 4 tripulantes; trabalho de resgate seguiria pelo menos até a madrugada de hoje| Foto: Filippo Monteforte/AFP

"Amaldiçoado"

Paranaense conheceu o navio

O jornalista paranaense Claudio Stringari viajou no Costa Concordia com a esposa e os dois filhos em 2010. Ele participou do Cruzeiro do Centenário do Corinthians, durante o qual seu pai, Claudio Marques, ex-jogador do time – que também estava a bordo –, foi um dos homenageados.

Stringari conta que até esquecia que estava no mar em meio a tanto luxo e conforto. "Nem conseguimos conhecer todo o navio durante os quatro dias de viagem, de tão grande que é."

Depois de um momento de susto, em que o mar ficou mais revolto, um barman contou ao jornalista a agora famosa história da garrafa de champanhe que não estourou no casco no dia da inauguração. "Ele me disse que aquele navio era amaldiçoado, mas eu levei na brincadeira." (JN)

17 chegam ao Recife

Dezessete dos 53 brasileiros que participaram do cruzeiro no navio Costa Concordia de­­sem­­barcaram no aeroporto do Re­­cife às 23h48 de domingo. Eles teriam sido orientados a não dar declarações à imprensa.

De acordo com a Polícia Fe­­deral, o grupo deixou o terminal meia hora após a aterrissagem, pela saída de veículos de carga, a qual os jor­­nalistas não têm acesso.

Uma estudante do Recife que estava no mesmo voo disse ter conversado com uma das mu­­lheres do grupo.

"Ela chorava quando lembrava do navio. Contou que a em­­presa do cruzeiro não deu assistência nenhuma. Apenas entregou 50 euros a cada um", co­­mentou Aline Souza, 20 anos.

A mesma passageira relatou à estudante que ela e os demais 16 brasileiros são da mesma fa­­­mília e vivem no Ceará.

Folhapress

Hipóteses sobre o desvio de rota do Costa Concordia, o cruzeiro que naufragou no Mar Tirreno na última sexta-feira, foram publicadas ontem pelos jornais italianos Cor­­riere della Sera e Il Tirreno.

O comandante do Costa Con­­cordia, Francesco Schettino, teria se aproximado da Ilha de Giglio a fim de homenagear seu chefe de garçons, Antonello Tievoli, que nasceu no local, e também um ex-comandante da companhia Costa Cruzeiro, chamado Mario Palom­­bo. A manobra é conhecida como inchino ("reverência") no jargão da marinha italiana.

"Venha ver, Antonello, estamos em Giglio", teria dito Schettino ao chefe de garçons. De acordo com o Corriere della Sera, Tievoli achou que o comandante estivesse brincando. Depois do naufráfio, ao ser socorrido por moradores de Gi­­glio, o chefe de garçons teria dito: "Nunca poderia imaginar que desembarcaria em minha casa". Desde então, Tievoli não quis falar com ninguém porque, segundo a imprensa da Itália, estaria se sentindo culpado pela tragédia.

O jornal Il Tirreno não corrobora a hipótese da surpresa, mas con­­firma a "reverência" e disse que Tievoli, que trabalhava há cinco anos no cruzeiro, ligou para seus pais, que vivem na Ilha de Giglio, para que vissem o navio passar por perto.

O diário afirmou também que uma mensagem publicada no Fa­­cebook na sexta-feira (13) à noite, pela irmã de Tievoli, Patrizia, avisava que o navio se aproximaria da ilha. "Daqui a pouco passará perto o Concordia. Saudações ao meu irmão que vai desembarcar em Sa­­vona para umas férias", dizia a mensagem da rede social.

Vítimas

O número de mortos no naufrágio aumentou para seis e, de acordo com a guarda costeira da Itá­­lia, 29 pessoas continuam desaparecidas – 25 passageiros e quatro tripulantes.

Em entrevista coletiva concedida em Gênova, o presidente e executivo-chefe da Costa Cru­­zei­­ros, Pier Luigi Foschi, admitiu que houve "erro humano". Foschi afir­­mou que a manobra realizada pe­­lo comandante Schettino "não ti­­nha sido aprovada, nem autorizada pela Costa Cruzeiros".

* * * * *

Desafios

Depois do acidente, existem vários problemas que rondam o navio Costa Concordia:

Combustível

Aumentam as preocupações de um desastre ambiental; se o casco do navio se partir, cerca de 2,3 mil toneladas de combustível podem ser derramados no mar.

Deslizamento

Operações de resgate deveriam terminar na madrugada de hoje; o navio deslizou nove centímetros verticalmente e 1,5 centímetro horizontalmente, segundo os bombeiros

Seguro

Navio tem seguro no valor de US$ 513 milhões, mas prejuízo e indenizações podem somar US$ 1 bilhão

Resgate

Sobe para 6 o número de mortos no desastre, equipes encontram mais um corpo nos escombros do navio, é de um passageiro homem; número de desaparecidos é incerto; Itália declara que 10 passageiros e 6 membros da tripulação não foram localizados; 12 alemães e 2 americanos também estariam entre desaparecidos.

Mar revolto

Água em volta do naufrágio está repleta de destroços e bastante turbulenta, por causa do deslizamento da embarcação; quase metade do navio está submersa

Fonte: Folhapress

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