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Dez condenados pelos atentados de 11 de março de 2004 na Espanha deram início a uma greve de fome a fim de protestar contra o que consideram ser sentenças injustas, afirmou nesta sexta-feira o órgão espanhol responsável pelo setor penitenciário.

Entre os que anunciaram sua intenção de não mais comer estão os marroquinos Jamal Zougam e Toman el Gnaoui, presos em Alicate e condenados a quase 43 mil anos de prisão pelos ataques que mataram 191 pessoas e deixaram mais de 1.850 feridos.

"Eles não começaram todos de uma vez só. Alguns não tomaram café-da-manhã. Outros não almoçaram e outros não jantaram", afirmou à Reuters um porta-voz do órgão espanhol, explicando que os dez estão distribuídos por quatro prisões diferentes.

Segundo as normas prisionais da Espanha, os detentos - que continuam ingerindo líquidos - comunicaram por escrito sua intenção de iniciar a greve de fome.

Todos foram condenados a ao menos 12 anos de prisão devido ao crime de pertencerem a um grupo terrorista, uma sentença muito menor do que os quase 39 mil anos que a promotoria pediu para alguns dos réus, como Youseff Belhadj, Hassan el Haski e Abdelmajid Bouchar.

A lista dos dez presos em greve de fome inclui também Basel Ghalyoun, Fouad el Morabit, Mouhannad Almallah Dabas, Mohamed Larbi Ben Sellam e Rachif Aglif.

Esta não é a primeira vez que alguns dos acusados pelos atentados de 11 de março declaram uma greve de fome. Em maio passado, até 14 deles deixaram de comer durante alguns dias por considerar sua situação prejudicada por "pressões políticas e dos meios de comunicação".

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