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Mísseis atribuídos aos norte-americanos mataram quatro supostos militantes no Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, de acordo com funcionários da inteligência paquistanesa, que falaram em condição de anonimato. Os três mísseis foram disparados em intervalos de poucos minutos de um veículo móvel na área de Marsi Khel, no Waziristão do Norte. Esta região tem sido um refúgio para redes militantes que combatem as forças dos Estados Unidos e da Organização ao Tratado do Atlântico Norte (Otan) do outro lado da fronteira, no Afeganistão.

Também nesta segunda-feira, forças de segurança paquistanesas entraram em confronto em outras duas partes do cinturão tribal, deixando 29 militantes e dois soldados mortos, disseram funcionários. Comandos do Exército apoiados por artilharia e morteiros mataram 18 militantes em Bajur, uma região tribal onde por duas vezes, os militares declararam vitória sobre os insurgentes do Taleban. O administrador local Iqbal Khattak disse que as tropas cercaram os esconderijos dos militantes na vila de Ghundo, perto de Khar, a principal cidade de Bajur. Os comandos realizaram um forte ataque após o uso de morteiros e de forte artilharia para atingir os locais.

Forças paramilitares paquistanesas lideraram uma ofensiva em Bajur em 2008. Embora em duas ocasiões os militares tenham dito que a área da fronteira afegã estava limpa, eventos esporádicos de violência ocorrem na região.

Num confronto da região tribal de Orakzai, onde as tropas também estão realizando uma ofensiva, 11 insurgentes e dois soldados morreram, disse o funcionário local Samiullah Khan. O acesso às regiões tribais é restrito, o que torna difícil verificar as informações de forma independente.

Ataque a mísseis

O chefe do comando central norte-americano, general David Petraeus, esteve no Paquistão nesta segunda-feira em reunião com o chefe do Exército paquistanês, general Ashfaq Parvez Kayani. Segundo um comunicado do Exército, os dois "discutiram assuntos de assunto profissional".

O ataque de mísseis é um sinal da confiança dos norte-americanos em sua tática, mesmo sob críticas de que civis também são vítimas de ataques. Além disso, informações indicam que um chefe do Taleban paquistanês pode não ter sido morto num ataque similar em janeiro, como se pensava anteriormente.

O Taleban paquistanês, embora tenha ligações com o Taleban afegão e com a Al-Qaeda, tem dirigido seus ataques principalmente contra alvos dentro do Paquistão, fazendo desta a prioridade para o Exército. O Exército paquistanês tem evitado realizar uma ofensiva contra outras redes sediadas no Waziristão do Norte, apesar da pressão norte-americana. Neste meio tempo, os Estados Unidos têm usado mísseis para atingir esconderijos de militantes dezenas de vezes nos últimos meses.

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