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Jovens de ultradireita fizeram protesto em Varsóvia. Houve confronto com a polícia polonesa | REUTERS/Kacper Pempel
Jovens de ultradireita fizeram protesto em Varsóvia. Houve confronto com a polícia polonesa| Foto: REUTERS/Kacper Pempel

A polícia polonesa usou nesta segunda-feira (11/11) balas de borracha para dispersar jovens mascarados de ultradireita que dispararam rojões e incendiaram dois carros durante uma passeata nacionalista no centro de Varsóvia.

Sete policiais foram feridos e cerca de trinta radicais foram presos.

O desfile é um evento anual pela independência polonesa e, pelo terceiro ano consecutivo, terminou com violência entre manifestantes e policiais, em incidentes que revelam a profunda cisão ideológica na Polônia e a forte penetração dos grupos radicais de direita.

A marcha começou pacificamente, com a presença de milhares de nacionalistas observados por seus próprios seguranças, com coletes laranja, e por um helicóptero da polícia.

Depois, algumas dezenas de jovens com os rostos cobertos por capuzes e cachecóis de times de futebol se desviaram para uma rua lateral e começaram a atacar um prédio ocupado por radicais de esquerda. Além disso, em uma praça central de Varsóvia, atearam fogo em uma bandeira com as cores do arco-íris , símbolo da comunidade gay.

Quando a tropa de choque chegou, foi recebida com rojões e pedras.

No ano passado, cerca de 200 pessoas foram presas e vinte policiais ficaram feridos. Para este ano, o Ministério do Interior havia implantado um esquema especial, especialmente nos arredores da embaixada russa, que geralmente é alvo dos grupos ultranacionalistas poloneses.

O primeiro-ministro polonês, o centro-direita liberal Donald Tusk, disse a repórteres que é vergonhoso que esses vândalos acabem com a reputação da Polônia. Enquanto isso, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Marcin Wojciechowski, escreveu em sua conta no Twitter: "Não há desculpa para vandalismo".

O país celebra nesta segunda a recuperação da sua independência em 11 de Novembro de 1918, depois de mais de um século, durante o qual permaneceu dividido entre a Prússia, Rússia e Áustria-Hungria.

A data coincide com o início da conferência em Varsóvia sobre a Mudança do Clima das Nações Unidas (COP19), onde representantes de quase 200 países estão negociando um acordo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

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