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San Diego, Califórnia – Enquanto a diferença entre salários e condições sociais nos Estados Unidos e na América Latina continuar a imigração não será contida nem por um muro nem pela militarização da fronteira. Essa é a conclusão de empresários, acadêmicos e ativistas americanos.

"A situação é cada vez mais perigosa para os imigrantes", afirma Kaare Kjos, diretor da entidade Border Initiative que lidera programas de cooperação entre cidades dos dois lados da fronteira entre os Estados Unidos e Tijuana, no México.

Para James Gerber, diretor do Centro de Estudos Latino-americanos da Universidade de San Diego, tanto a política adotada nos Estados Unidos como os diversos governos mexicanos "fracassaram" em lidar com o fluxo de pessoas. "Enquanto houver uma diferença de salário entre os dois lados da fronteira haverá a imigração, independentemente da construção de um muro", disse. Dados da Secretaria do Trabalho do México mostram que os salários por hora no México caíram de US$ 2,91 em 1994 para US$ 2,50 em média em 2005, uma queda de 14%. Enquanto isso, os salários médios nos EUA aumentaram de US$ 13,7 para US$ 15,6 por hora nesse mesmo período. Para completar, os agricultores mexicanos passaram a sofrer com a concorrência da produção americana, altamente subsidiada.

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