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Filho de Kadafi rechaça proposta feita por Chávez

Saif al-Islam, filho de Muamar Kadafi, rechaçou ontem a proposta do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de estabelecer uma mediação internacional para ajudar a solucionar o conflito na Líbia. A comissão mediadora, pela proposta de Chávez, teria a participação do Brasil.

"Não sei nada sobre isso. É como se eu fosse propiciar um acordo no Amazonas", disse Saif na entrevista gravada em um veículo que percorria ruas de Trípoli.

Saif destacou que "os venezuelanos são nossos amigos, nós os respeitamos e gostamos deles, mas estão longe e não têm ideia do que ocorre" na Líbia.

Mustafa Gheriani, porta-voz do Conselho Nacional Líbio, formado no leste da Líbia pela oposição a Muamar Kadafi, afirmou que o grupo rejeitou a proposta de mediação.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff avisou ontem que só apoiará iniciativas em relação ao conflito na Lí­­bia tomadas no âmbito das Nações Unidas. Ela descartou ações isoladas, como a proposta do homólogo venezuelano Hugo Chávez, que defendeu o envio de uma missão internacional de paz a Trípoli.

À noite, Dilma encarregou o seu porta-voz, Rodrigo Baena, a deixar claro que não se alinhará a nenhum líder estrangeiro, aliado ou distante do governo brasileiro, em tentativas de mediação paralela. Assim, o Planalto quis também respaldar as decisões de di­­plomatas brasileiros nos fó­­runs das Nações Unidas.

Em entrevista no comitê de imprensa do Planalto, o porta-voz Rodrigo Baena disse que a presidente concordará com as medidas que vieram ser aplicadas pela ONU. A uma pergunta sobre se ela teria se manifestado a respeito de proposta de Chávez de uma missão de paz, Baena respondeu: "O presidente Chávez não entrou em contato com a presidenta Dil­­ma", afirmou.

As declarações de Baena vieram à tona logo depois de agências de notícias estrangeiras terem informado que Chávez havia procurado o ex-presidente Luiz Iná­­cio Lula da Silva para participar da intermediação. Lula tem o mesmo posicionamento de Dilma, segundo fontes do governo e próximas ao ex-presidente.

Assessores do governo disseram que Chávez também fez chegar ao Planalto proposta de uma parceria com o Brasil na questão da crise na Líbia. Interlocutores procurados pelo presidente venezuelano, porém, foram avisados por Dilma de que a posição dela passa, sobretudo, pelo entendimento com a comunidade internacional.

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