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A presidente eleita, Dilma Rousseff, tomou conhecimento nesta sexta-feira (10) do teor da troca de correspondências entre um embaixador dos Estados Unidos e o governo norte-americano sobre a atuação dela durante a ditadura militar. Segundo a assessoria do gabinete de transição, Dilma "demonstrou tranqüilidade" ao se informar do telegrama confidencial divulgado pelo site WikiLeaks."Ela leu o noticiário e está tranquila. Não fez comentários", informou a assessoria.

Em telegrama redigido em 2005, o então embaixador americano no Brasil John Danilovich afirma que Dilma Rousseff organizou três assaltos a bancos e planejou o assalto ao cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. O roubo do cofre, creditado à Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), grupo político-militar de oposição à ditadura, teria rendido US$ 2,5 milhões. Dilma nega ter participado de ações armadas quando militou em organizações de esquerda nos anos 60.

O telegrama faz parte de um lote de nove documentos obtidos pelo site WikiLeaks aos quais os jornais "Folha de S.Paulo" e "O Globo" tiveram acesso. Nos telegramas, não há nenhuma menção à fonte da informação a respeito da atuação atribuída à presidente eleita durante a ditadura.

Nesta sexta, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, informou, em entrevista por e-mail ao G1, que o governo norte-americano não tem provas sobre a suposta participação de Dilma Rousseff nas ações relatadas no telegrama.

"O governo dos Estados Unidos não tem qualquer informação que confirme essas alegações. Pelo contrário, temos com a presidente eleita um longo e positivo relacionamento, que começou em 1992 com um programa de intercâmbio e que continuou durante seus períodos como ministra de Minas e Energia e como chefe da Casa Civil da Presidência", afirma Shannon.

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