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Dilma Rousseff com Barack Obama na Casa Branca. Na primeira visita oficial aos Estados Unidos, a presidente brasileira criticou a “guerra cambial” ae a desvalorização do dólar | Brendan Smialowski/AFP
Dilma Rousseff com Barack Obama na Casa Branca. Na primeira visita oficial aos Estados Unidos, a presidente brasileira criticou a “guerra cambial” ae a desvalorização do dólar| Foto: Brendan Smialowski/AFP

Agenda

Presidente Dilma Rousseff volta hoje à noite para o Brasil.

Hoje

09h50– Chegada de Dilma a Boston. Local: Aeroporto Internacional de Logan.

10h30 às 12 h – Visita ao MIT Media Lab (Massachusetts Institute of Technology). Reunião privada com a Presidenta do MI T, Susan Hockfield. Mesa Redonda com a comunidade acadêmica e científica do MIT.

12h45 – Reunião e almoço com o governador de Massachusetts, Deval Patrick. Local: State House.

16h30 – Encontro com a presidente da Universidade de Harvard, Doutora Drew Faust. Na Universidade de Harvard.

17h25 às 18h30 – Chegada da presidente Dilma Rousseff à Harvard Kennedy School of Government. Encontro com estudantes brasileiros. Palestra da presidente na Harvard Kennedy School of Government.

23 horas – Partida para Brasília.

Acordos

Brasil e EUA buscam aumentar cooperação na área econômica

Além de medidas para facilitar vistos, Dilma Rousseff e Barack Obama assinaram ontem acordos bilaterais.

Os presidentes discutiram investimentos e comércio entre Brasil e EUA

Os dois países agendaram eventos entre empresários e autoridades para discutir o aumento da cooperação econômica. Também foram assinados compromissos para reforçar a cooperação em políticas e pesquisas agrícolas, medidas sanitárias e a promoção da queda de barreiras no comércio exterior.

Dilma e Obama ressaltaram a consolidação do G-20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes), pedindo a diminuição dos desequilíbrios globais e a criação de condições para o crescimento mundial. Eles promoveram apoio a consultas regulares entre autoridades dos países membros.

No setor energético, reafirmaram parcerias na produção de petróleo e gás natural, visando a extração no pré-sal, e no setor de biocombustíveis.

Os memorandos

Veja o que foi assinado pelos presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff:

• Memorando de entendimento sobre parceria em aviação. Facilitar cooperação entre governos e empresas.

• Memorando de entendimento de cooperação descentralizada. Acordo de cooperação para Estados-Estados e municípios-municípios.

• Memorando de entendimento sobre cooperação técnica em terceiros países em segurança alimentar. A exemplo do que Brasil e Estados Unidos fazem em Moçambique.

• Troca de cartas de para reconhecimento da cachaça brasileira e do uísque Tennessee Bourbon americano.

• Memorando de entendimento sobre moradias sustentáveis e desenvolvimento urbano entre ministério das Cidades e departamento de habitação (Troca de experiências, por exemplo sobre o programa Minha Casa Minha Vida). Plano de ação da comissão mista Brasil-EUA sobre cooperação científica e tecnológica.

*O que é um memorando Instrumento muito usado para cooperações técnicas, o memorando difere do acordo internacional, que tem de passar pelo Congresso para vigorar.

Os presidentes Dilma Rous­­seff e Barack Obama se comprometeram ontem a possibilitar de que cidadãos dos Es­­tados Unidos e do Brasil viajem entre os dois países sem a necessidade do visto. Em comunicado conjunto dos dois presidentes, di­­vulgado após evento bilateral, eles afirmam que trabalharão "em estreita colaboração para atender aos requisitos do Programa de Dispensa de Vistos dos Estados Unidos e da legislação brasileira aplicável".

O comunicado, no entanto, não estabelece um prazo para o fim da obrigatoriedade.

"Os presidentes revisaram a implementação de medidas para facilitar o fluxo de turistas e executivos entre os dois países", diz o comunicado.

Dilma e Obama aproveitaram a ocasião para discutir o programa-piloto Global Entry, que facilita a passagem pela imigração norte-americana de brasileiros que viajam frequentemente aos EUA a trabalho. Se o passageiro for aprovado no Global Entry, evita as filas de controle de passaportes e pode procurar quiosques automatizados que ficam antes da área de imigração nos aeroportos daquele país.

Os dois presidentes elogiaram os esforços de ambos os governos para facilitar as viagens. Obama recordou ainda sua instrução de que seja acelerada em 40%, nest e ano, a capacidade dos Estados Unidos de processar vistos no Brasil.

Novos consulados

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou a abertura de dois novos consulados dos EUA no Brasil, nas cidades de Belo Horizonte e Porto Alegre. A medida visa a acelerar e facilitar a concessão de vistos a turistas e empresários. "Os EUA estão abrindo dois consulados no Brasil. São exemplos de nossa relação ampla, derrubando barreiras, tornando mais fáceis as viagens", afirmou Hillary, ao lado do chanceler brasileiro, Antonio Patriota.

Simultaneamente ao anún­­­­cio de Hillary Clinton, o Departamento de Estado americano informou que reajustará, a partir do próximo dia 13, as taxas de processamento de visto. Para turismo, estudo e intercâmbio e Cartões de Fronteira (Border Crossing Cards), a taxa passará dos atuais US$ 140 para US$ 160. Para vistos de trabalho de imigrantes, no entanto, a taxa cairá dos atuais US$ 720 para US$ 405.

Presidente critica a "guerra cambial"

Folhapress Dilma Rousseff levou a "guerra cambial" para o Salão Oval em sua primeira visita oficial aos EUA como presidente e cobrou Barack Obama pela desvalorização do dólar, afirmando que o desequilíbrio monetário global é uma forma de os países ricos "exportarem" a crise aos emergentes. Ao lado do anfitrião após 90 minutos de reunião em seu gabinete (o dobro do planejado), Dilma disse à imprensa que manifestara a Obama "preocupação com a expansão monetária" (emissão de dinheiro) "sem que os países com superavit equilibrem isso a políticas fiscais baseadas na expansão dos investimentos". Mais tarde, ela acrescentou: "Exporta-se para os países emergentes a crise que é dos desenvolvidos através da desvalorização das moedas dos países desenvolvidos". Era uma descrição dos principais pontos abordados por ela e Obama sobre a crise. O norte-americano, que falara antes e mantivera seu discurso nas vantagens da cooperação bilateral, permaneceu atento e não comentou. Os dois continuaram o debate durante um almoço de trabalho, e Dilma voltou ao assunto ao falar a jornalistas. Às vésperas da reunião semestral do Fundo Mo­­ne­­tá­­rio Internacional, em Wa­­shington, e com o arrastar da crise, a economia dominou a reunião, a pauta da viagem, as declarações de Dilma e o comunicado conjunto. Tanto ela quanto Obama foram enfáticos ao defender o compartilhamento de responsabilidades e a busca de soluções conjuntas.

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