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A presidente Dilma Rousseff será a primeira governante a discursar nesta terça-feira (25), em Nova York, na abertura da 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ela pretende enviar uma série de mensagens à comunidade internacional, como a busca pelo fim de conflitos, como o da Síria, mas sem intervenção militar. Também vai sugerir que os países se empenhem em executar as metas fixadas na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O discurso da presidente deve ocorrer por volta das 10h (horário de Brasília).

Dilma pretende ainda defender a necessidade de um esforço conjunto para tentar o reequilíbrio econômico no cenário internacional, atenuando os impactos da crise, principalmente nos países da zona do euro. A presidente deverá também ressaltar que o Brasil sediará dois grandes eventos esportivos, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

A presidente também deve reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática - referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai. Na Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.

Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado autônomo. Ela deve mencionar a necessidade de buscar um acordo de paz entre palestinos e israelenses por meio de negociações.

No âmbito regional, a presidenta deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de junho.

Antes do discurso, a presidente conversa com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Na segunda-feira (24), ela se reuniu com o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso.

De acordo com Durão Barroso, eles conversaram sobre os impactos da crise econômica internacional na zona do euro e as medidas em discussão para conter esses efeitos, as possibilidades de ampliação do comércio entre o Brasil e a União Europeia (UE), além de uma cúpula que ocorrerá no próximo ano em Brasília.

A presidente chegou no domingo (23), de manhã, a Nova York. Nos últimos dias, o único compromisso oficial foi com Durão Barroso. Dilma se dedicou a finalizar o texto para o discurso desta terça-feira. Ela viajou acompanhada pela filha Paula e por seis ministros.

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