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Pelo menos quatro jornais libaneses ganharam na segunda-feira um anúncio bem insólito: “Não venham para a Dinamarca”. Com versões em árabe e inglês, o Ministério da Imigração, Integração e Habitação da Dinamarca publicou o texto em publicações do país vizinho, listando diversos fatores que tornam o país um destino indesejável para refugiados. Dentre eles, uma recente legislação que irá reduzir pela metade os benefícios sociais aos requerentes de asilo.

ONU prevê que 850 mil refugiados devem chegar à Europa pelo mar em 2015 e 2016

Pelo menos 850.000 pessoas devem cruzar o mar Mediterrâneo para buscar refúgio na Europa neste ano e no próximo, previu a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (8), oferecendo estimativas que já parecem conservadoras.

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Enfático, o anúncio ainda deixa claro que para ganhar residência permanente no país é preciso aprender dinamarquês.

O país vem adotando uma postura mais rígida em relação aos imigrantes desde junho, quando o Partido Liberal (DDP), de centro-direita, formou um governo de minoria — legenda com agenda clara anti-imigração. No mês passado, um político do DDP chegou a dizer que o governo deveria intervir para regular a língua, advertindo que o idioma falado por imigrantes em restaurantes fast-food “estava se espalhando”.

Nesta terça-feira, após uma reunião de emergência, o premier Lars Lokke Rasmussen lembrou que as cerca de 800 pessoas que chegaram no fim de semana ao país deveriam encontrar abrigo por contra própria para esperar a transferência para a Suécia. Canais de TV mostraram de centenas de refugiados embarcando em trens com destino à Copenhague — de onde podem chegar à Suécia em 35 minutos. Alguns, faziam o trajeto a pé.

Nem todos, no entanto, aprovam a postura do governo, inclusive membros do Partido Liberal.

— Estou muito decepcionado. É uma forma repulsiva de agir — disse Michael Gatten, do Conselho Municipal de Copenhague.

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