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Mulheres usando niqab em frente ao parlamento dinamarquês em Copenhagen, em 31 de maio. O país aprovou lei para banir o véu islâmico | MADS CLAUS RASMUSSENAFP
Mulheres usando niqab em frente ao parlamento dinamarquês em Copenhagen, em 31 de maio. O país aprovou lei para banir o véu islâmico| Foto: MADS CLAUS RASMUSSENAFP

O Parlamento da Dinamarca aprovou nesta quinta-feira (31) uma lei que proíbe o véu islâmico integral, como a burca ou o niqab, em espaços públicos.

"Qualquer pessoa que, em um local público, usar uma vestimenta que oculta o rosto pode ser multada", afirma o texto da lei.

A medida foi aprovada por 75 votos contra 30 e entra em vigor em 1º de agosto.

Pela lei, a polícia pode instruir a mulher a retirar seu véu ou ordenar a ela que deixe o local público. Na prática, o ministro da Justiça, Soren Papa Poulsen, disse que os policiais vão multar a mulher e dizer a ela que "vá para casa".

A multa varia do equivalente a R$ 598 para a primeira ofensa a R$ 5.844 para a quarta violação.

França, Bélgica, Holanda, Bulgária e o estado alemão da Baviera já impuseram algum tipo de restrição ao uso de véus que cubram o rosto em locais públicos.

O Partido do Povo dinamarquês, anti-imigração, se tornou o segundo maior partido no país após as eleições de 2015 e agora apoia a coalizão do governo no Parlamento.

Zainab Ibn Hssain, que vive em Copenhagen e costuma usar o niqab, disse: "Não é legal. Significa que não vou poder ir à escola, ao trabalho ou sair com minha família".

"Mas não vou tirar meu niqab, então vou ter de encontrar uma solução", disse.

Pape Poulsen, que lidera o partido conservador na coalizão, afirmou que o uso de véus é "incompatível com os valores da sociedade dinamarquesa e com o respeito à comunidade".

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