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Dilma e a colega alemã Angela Merkel já se encontraram durante a Copa e vão se rever na final. A presidente brasileira disse que vai cumprimentá-la pela vitória sobre o Brasil | Roberto Stuckert Filho/Reuters
Dilma e a colega alemã Angela Merkel já se encontraram durante a Copa e vão se rever na final. A presidente brasileira disse que vai cumprimentá-la pela vitória sobre o Brasil| Foto: Roberto Stuckert Filho/Reuters

Despedida

Dilma faz sala para chefes de Estado antes da final do campeonato

Mesmo com o Brasil fora da final da Copa, o governo brasileiro ainda tem atividades diplomáticas hoje. Assim como na abertura, a presidente Dilma vai oferecer um almoço aos chefes de Estado que vêm assistir ao jogo. O encontro com os colegas será no Palácio do Guanabara, no Rio de Janeiro. De acordo com o Palácio do Planalto, estão confirmadas as presenças dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da África do Sul, Jacob Zuma – esses dois vão participar da cúpula dos Brics em Fortaleza, na semana que vem. Também vêm os presidentes do Haiti, Michel Martelly; da República Democrática do Congo, Denis Sassou-Nguesso; o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán; o presidente da Alemanha, Joachim Gauck; e a chanceler da Alemanha , Angela Merkel.

Houve representantes estrangeiros que estiveram no país durante a Copa, mas não chegaram a se encontrar com a presidente, como o príncipe Harry, do Reino Unido, cuja presença foi considerada pelo Itamaraty como visita privada.

  • Angola, 16/6:O presidente de Angola, José Eduardo dos Santos – que está no poder desde 1979 – se encontrou com Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Na ocasião, Dilma anunciou apoio à candidatura de Angola para um assento provisório no próximo biênio do Conselho de Segurança da ONU. Santos disse que seu país apoia o Brasil em uma futura candidatura para a Conferência Internacional dos Direitos Humanos. Os chefes de estado também trataram da facilitação na emissão dos vistos de empresários brasileiros que atuam em Angola, que deve passar de 12 para 24 meses de duração
  • Chile, 12/6:Na véspera do início da Copa, Dilma Rousseff recebeu no Palácio do Planalto a presidente do Chile, Michelle Bachelet. Foi a primeira vez que ela veio ao Brasil após ser eleita para um novo mandato na presidência. As duas assinaram um memorando para o Intercâmbio de Documentos para Esclarecimento de Graves Violações aos Direitos Humanos. Bachelet assistiu à abertura da Copa em São Paulo e ao jogo entre Chile e Austrália, em Cuiabá. No mesmo encontro, representantes de Brasil e Chile assinaram uma declaração com o compromisso de ampliar as relações comerciais entre os dois países
  • EUA, 17/6:Apesar de não ser exatamente uma visita de chefe de Estado, a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou atenção. O encontro dele com a presidente significou uma reaproximação dos dois países. A relação bilateral havia esfriado após as descobertas sobre as espionagens da Agência Nacional de Segurança (NSA) e Dilma cancelou uma visita de Estado a Washington. Biden conversou com ela sobre uma cooperação para direitos humanos e os EUA vão compartilhar com o Brasil documentos sobre a ditadura. Dilma está com uma visita aos EUA agendada para outubro deste ano. Biden assistiu ao jogo deEUA e Gana em Natal
  • Alemanha, 15/6:A chanceler alemã, Angela Merkel, foi recebida pela presidente Dilma no Palácio da Alvorada. Segurança eletrônica foi um dos assuntos em pauta – após as denúncias de Edward Snowden sobre a espionagem dos EUA na internet, as duas líderes se posicionaram com firmeza e têm trabalhado em prol de mudanças para que a rede se torne mais segura. Elas também trataram sobre energias renováveis. No dia seguinte, Merkel assistiu ao jogo da Alemanha contra Portugal, em Salvador, e chamou atenção pelo entusiasmo ao comemorar o gol. Ela deve estar de volta hoje para assistir à final contra a Argentina
  • Colômbia, 19/6:presidente Dilma se reuniu com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reeleito quatro dias antes da visita para mais um mandato, no Palácio da Alvorada. Eles trataram da relação bilateral no comércio e de cooperação para a agroindústria. No mesmo dia, Santos assistiu ao jogo do time do seu país contra Costa do Marfim, em Brasília. Santos está conduzindo um processo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ele agradeceu ao governo brasileiro pela ajuda nas negociações com o segundo maior grupo guerrilheiro do país Exército de Libertação Nacional (ELN)

A Copa do Mundo foi um momento para a diplomacia brasileira procurar estreitar as relações com parceiros. Durante o evento, a presidente Dilma Rousseff recebeu visitas oficiais de quatro chefes de Estado e do vice-presidente dos Estados Unidos. O professor de geopolítica Gustavo Blum, do curso de Relações Internacionais do Unicuritiba, explica que as visitas recebidas não são consideradas visitas de Estado, pois foram apenas encontros rápidos. Nas visitas de Estado há encontros entre empresários, visitas a universidades e ao Parlamento, e são formados grupos de trabalho. Nas reuniões breves, como as realizadas agora, "não é possível fazer resoluções mais efetivas para relações bilaterais", explica Blum. Ele diz que esses encontros são importantes para trocas de informações e para dar continuidade a parcerias. No caso de Dilma, a diplomacia presidencial fez com que a atuação dela na política internacional, que é bem mais discreta que a de Lula, ganhasse um pouco mais de destaque. O professor de Relações Internacionais considera que a visita mais representativa que Dilma recebeu durante o evento, ironicamente, foi a da chanceler alemã Angela Merkel, tanto pela atuação das duas na questão da espionagem, quanto pelo papel de liderança da Alemanha no contexto internacional.

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