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O diplomata Eduardo Saboia será punido pelo Itamaraty com 20 dias de suspensão, por ter trazido da Bolívia para o Brasil, em uma operação de fuga, o senador boliviano Roger Pinto Molina. Esse é o resultado do processo disciplinar contra Saboia, que corria no Itamaraty.

Acompanhado de Molina, em agosto de 2013, Eduardo Saboia, na época encarregado de negócios da embaixada brasileira na Bolívia, viajou 22 horas entre La Paz e Corumbá, no Mato Grosso do Sul, em um automóvel da embaixada brasileira. O veículo foi escoltado por fuzileiros navais e policiais federais do Brasil.

Saboia usou como justificativa o estado depressivo do senador, com risco de suicídio, que estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz há mais de um ano. Argumentou ter pedido que o governo brasileiro exigisse do presidente Evo Morales um salvo conduto para que Molina pudesse deixar o país.

A operação de Saboia irritou o Palácio do Planalto que, segundo fontes, teria pedido a cabeça de Saboia. O então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixou o cargo e foi aberto um processo disciplinar no Itamaraty.

Saboia apresentou sua defesa em abril do ano passado. Recentemente, foi requisitado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para trabalhar na Comissão de Relações Exteriores.

O Itamaraty não confirma oficialmente a decisão. Já Eduardo Saboia preferiu não se manifestar no momento.

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