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O presidente do Chile, Gabriel Boric, caminha no “Palacio de La Moneda”, em maio de 2022.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, caminha no “Palacio de La Moneda”, em maio de 2022.| Foto: EFE / Alberto Valdés

Representantes dos partidos de direita Renovação Nacional e Evópoli solicitaram nesta segunda-feira a abertura de um processo administrativo contra o governo do Chile, ao qual acusam de posicionar-se a favor da proposta de uma nova Constituição em diferentes atividades públicas.

Segundo a imprensa local, a ação impetrada enfatiza a proibição que impede funcionários do Estado de fazer campanha a favor de qualquer uma das duas opções antes do referendo de 4 de setembro, seja aprovar a proposta da nova Constituição ou rejeitá-la.

“O governo governa para quem vota em A, para quem vota em B e para todos. Todos pagam seus impostos e, portanto, não merecem um governo partidário", criticou o deputado Diego Schalper, do Renovação Nacional, em entrevista coletiva.

Na última quarta-feira começou a campanha eleitoral para o referendo, no qual os chilenos são obrigados a votar se querem uma nova lei fundamental ou se preferem manter a atual, elaborada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) e que foi parcialmente reformada na democracia.

Os principais partidos de direita já se alinharam para rejeitar o novo texto, que descrevem como "partidário" e "indigenista", enquanto a esquerda decidiu incentivar os cidadãos a votar pela aprovação da nova lei.

A ação dos partidos de direita foi apresentada dias depois que o deputado do Partido Socialista, Leonardo Soto, postou um vídeo nas redes sociais indicando que estava em uma reunião de coordenação no Palácio de La Moneda (sede do governo) com o objetivo de "apoiar com maior força e maior coordenação a opção da Aprovação (do novo texto)".

Logo após a publicação do vídeo, Soto comentou que havia cometido um erro, enquanto a porta-voz do governo, Camila Vallejo, esclareceu que se tratava de uma "reunião protocolar onde, de fato, parlamentares e partidos são livres para apresentar suas ideias, mas em nenhum caso de coordenação".

O Chile iniciou o processo constituinte como uma forma política de acabar com a onda massiva de protestos que começou em 2019.

Durante meses, as pesquisas deram como vencedora a opção de aprovar o novo texto, focado no aumento dos direitos sociais. No entanto, agora as principais pesquisas indicam uma maior tendência dos cidadãos pela manutenção da Constituição vigente.

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