Num primeiro atrito com Donald Trump, o diretor do FBI, Christopher Wray, atacou a ordem de deputados republicanos para tornar público um documento que acusa o órgão e o Departamento de Justiça de abuso de poder pela decisão de espionar um ex-agente da campanha presidencial.
Um comunicado do FBI, embora não assinado pelo chefe Christopher Wray, diz que não houve tempo para analisar o memorando sobre a investigação de Carter Page, que trabalhou para Trump na corrida presidencial, na véspera da votação para a divulgação e que a omissão de fatos afetam a sua exatidão.
Wray é o sucessor de James Comey, demitido por Trump em maio do ano passado. Até o momento, o novo titular vinha mantendo uma aparente autonomia no comando da polícia federal, apesar dos ataques do presidente contra o órgão.
Mas um racha entre ele e Trump acaba de se tornar mais evidente. Nesta semana, o vice-diretor do FBI, Andrew McCabe, antecipou sua saída do órgão -ele disse que iria se aposentar depois de ter sua imparcialidade questionada pelo presidente- e agora o caso do memorando parece acirrar mais os ânimos.
O presidente vem pressionando pela publicação desse documento na tentativa de jogar dúvida sobre a legalidade das ações do FBI sobre as relações dos membros de sua campanha com Moscou.
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