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A polícia indiana deteve a diretora de um jornal de Mumbai (oeste) por incluir em um de seus números as caricaturas de Maomé que tinham sido publicadas originalmente pela revista francesa "Charlie Hebdo", informaram nesta quinta-feira (29) os meios de comunicação locais.

A chefe da edição de Mumbai do jornal "Avadhnama", Shirin Dalvi, foi detida ontem e posteriormente foi libertada mediante pagamento de fiança, após comparecer perante um tribunal na cidade ocidental de Mumbra, próxima à capital financeira indiana.

O código penal indiano cataloga como delitos os atos que "ultrajam os sentimentos religiosos", tanto através de palavras como de "representações visíveis".

O jornal dirigido por Dalvi publicou em 17 de janeiro na capa a imagem de Maomé chorando, com a frase "Eu sou Charlie" sob o título "Tudo está perdoado", que foi também a manchete do primeiro número da "Charlie Hebdo" que saiu à venda após o atentado terrorista de 7 de janeiro, no qual morreram 12 pessoas.

A capa da revista francesa enfureceu amplos setores muçulmanos, pois consideram que se trata de uma ofensa ao profeta, que, segundo a norma islâmica, não pode ser representado graficamente.

A Índia, um país majoritariamente hindu, conta com uma grande população muçulmana, que representa algo mais de 14% do total e conta com um núcleo importante na cidade de Mumbai.

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