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Cartaz exibido durante protesto na cidade de Jacarta diz que Obama é mais perigoso que o Merapi, vulcão responsável pela morte de centenas de pessoas no país nos últimos dias | Bay Ismoyo/AFP
Cartaz exibido durante protesto na cidade de Jacarta diz que Obama é mais perigoso que o Merapi, vulcão responsável pela morte de centenas de pessoas no país nos últimos dias| Foto: Bay Ismoyo/AFP

Relações tumultuadas

Rivalidade entre as potências nucleares remete à partilha de 1947 e envolve disputa territorial.

Caxemira

- Região foi dividida em 1947, quando Índia e Paquistão conquistaram independência do Reino Unido.

- Parte indiana, 2/3 do total, tem maioria muçulmana e éreivindicada pelo vizinho, que fomenta separatistas.

- Disputa motivou 2 das 3 guerras travadas entre os rivais e já custou a vida de estimadas 68 mil pessoas.

Ataques a Mumbai

- Atentado terrorista em novembro de 2008, que matou 166 pessoas, foi planejado em solo paquistanês.

- Índia acusa serviço secreto do Paquistão de estar por trás de grupos radicais islâmicos que o promoveram.

- Os ataques deterioraram as já tensas relações bilaterais,que estão na prática congeladas desde então.

Separatismo

- O Paquistão, por sua vez, acusa a Índia de patrocinar insurgentes que pregam o separatismo na região do Baluquistão, que faz fronteira com Afeganistão e Irã.

- Terceira guerra foi motivada por apoio indiano à independência de Bangladesh, em 1971, à época território paquistanês.

Afeganistão

- Índia e Paquistão disputam influência sobre o país. Islamabad teme desestabilização de seu território a partir do vizinho; Nova Déli teme que o país vire entreposto para terroristas com apoio paquistanês.

Água

- Os dois países ainda disputam controle de nascentes no Himalaia de importantes rios; Paquistão acusa a Índia de desviar curso da água.Fontes: sipri.org e csis.org

Presidente dos EUA quer muçulmanos contra Al-Qaeda

Jacarta - O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu apoio aos muçulmanos na luta contra a rede extremista Al-Qaeda e prometeu esforço para uma relação melhor do ocidente com o islã. As declarações foram feitas em visita a Jacarta, na Indonésia – o país com a maior comunidade muçulmana no mundo (cerca de 90% da população de 240 milhões).

Leia matéria completa

Islamabad - Após a China afirmar que "en­­tende e apoia’’ a intenção da Índia de integrar o Conselho de Segu­­rança da ONU como país membro permanente, o Paquistão se disse ontem "preocupado e decepcionado’’ com o apoio expresso pelos EUA à possibilidade.

"É incompreensível que os EUA tenham decidido apoiar a Índia, cujas credenciais para o cumprimento dos princípios da Carta da ONU e a lei internacional são questionáveis’’, afirmou o Paquistão.

Islamabad contestou principalmente a suposta "desatenção’’ de Nova Délhi às resoluções da ONU sobre a Caxemira, região na fronteira bilateral cuja parte in­­diana, que tem maioria muçulma­­na, é reivindicada pelo Paquistão.

"[A Índia] realiza violações sistemáticas dos direitos humanos da população da Caxemira’’, disse o comunicado. "A decisão tem re­­percussões para a paz, a segurança e a estabilidade, particularmen­­te no sul da Ásia.’’

A disputa pelo território re­­mete a 1947, quando os dois países, hoje potências atômicas, ob­­tiveram suas independências de Lon­­dres, e provocou 2 das 3 guerras travadas pelos vizinhos desde en­­tão.

A Índia acusa o Paquistão de fomentar grupos separatistas surgidos na região no final dos anos 80, e os conflitos são uma constante. Estima-se que 68 mil pessoas tenham morrido na Caxemira.

Desde 2008 os vizinhos estão com relações congeladas devido aos ataques terroristas a Mumbai, que deixaram 166 mortos. Nova Délhi acusa Islamabad de estar por trás dos ataques, promovidos por radicais islâmicos baseados em território paquistanês.

Já a relação de EUA e Índia in­­comoda o Paquistão desde 2005, quando os países firmaram acordo de cooperação nuclear civil que reconhece Nova Délhi como potência atômica não signatária do Tratado de Não Proliferação.

Apoio dos EUA

O apoio americano à inclusão da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança foi anunciado na última segunda pe­­lo presidente Barack Obama, du­­rante sua viagem a Nova Délhi.

A iniciativa foi recebida como uma tentativa dos EUA de reforçar as relações bilaterais com um país considerado estratégico pelo seu mercado interno e por representar um contraponto à China.

Diferentemente do Paquistão, a China – outra rival da Índia e com um histórico de contenciosos bilaterais – encarou o apoio dos Estados Unidos com uma aparente naturalidade.

Na terça-feira, Pequim optou pela diplomacia ao dizer que "va­­loriza o papel da Índia em assuntos internacionais e entende e apoia a pretensão do país de ter uma participação maior na ONU’’, além de defender a "reforma razoável e necessária’’ do conselho.

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