Ao mesmo tempo em que Hugo Chávez faz planos de ficar no poder por mais 20 anos, a oposição da Venezuela tenta se articular para vencê-lo nas eleições de 2012.
Antes que o embate contra o mandatário populista ocorra, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), que reúne os partidos de oposição, pretende realizar eleições primárias para escolher um candidato único para concorrer com Chávez.
Mas expectativas de que a oposição venezuelana manteria uma boa parcela unida antes mesmo das eleições primárias foram quebradas neste mês com o anúncio oficial feito pelo governador do estado Zulia, Pablo Pérez, do partido Um Novo Tempo (UNT). Ele lançou sua pré-candidatura para concorrer à Presidência da Venezuela em 2012.
O prefeito da Região Metropolitana de Caracas, Antônio Ledezma, do partido Aliança Bravo Povo (ABP) já havia lançado sua candidatura em fevereiro deste ano e contava com uma aliança com o UNT nas primárias.
Com o discurso de que não será revanchista e com cuidado para não ofender a parcela chavista da população, Pérez declarou: "Os que apoiam o presidente estarão igualmente em nossos corações". O candidato também volta seu foco para a diversidade do país e propõe uma Venezuela "não só de uma cor, mas multicolor".
O pesquisador Nicmer Evans, da Universidade Central da Venezuela, considera que tanto Pérez, quanto Ledezma representam uma mesma tendência política e que a divisão entre os dois só enfraquece a oposição.
Há ainda outros aspirantes como Maria Corina Machado e Manoel Rosales que ajudam a dispersar os votos da oposição venezuelana.
Mas o principal rival para Chávez, de acordo com o instituto de pesquisa Datanálisis, seria o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles Radonski, do partido Primeiro Justiça. Na pesquisa de intenções de voto feita em julho, ele chega a ter 50% de preferência entre o eleitorado.
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