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O presidente eleito Gustavo Petro durante a apresentação do relatório final elaborado pela Comissão da Verdade, em Bogotá, em junho de 2022.
O presidente eleito Gustavo Petro durante a apresentação do relatório final elaborado pela Comissão da Verdade, em Bogotá, em junho de 2022.| Foto: EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda

Os dissidentes das Farc pediram, na quarta-feira (03) um diálogo com o governo de Gustavo Petro, que começará no próximo domingo (07), e nomearam um negociador-chefe para liderar o processo.

Em junho, os líderes do último secretariado da extinta guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) reconheceram à Justiça Especial para a Paz (JEP) e parentes dos sequestrados crimes cometidos durante os cativeiros, como estupros, trabalhos forçados e até mesmo assassinato.

Nesta semana, os dissidentes fizeram um comunicado em que dizem que pretendem criar "um clima propício a um acordo bilateral de cessar-fogo".

No texto, eles consideram o presidente eleito, Gustavo Petro, e a vice-presidente, Francia Márquez como "representantes genuínos das aspirações das classes populares", asseguram que estão "prontos" para iniciar as conversas. Eles nomearam Iván Lozada para liderar o processo.

O texto parece ser do grupo liderado por Miguel Botache, vulgo "Gentil Duarte", que segundo os próprios dissidentes morreu no último dia 4 de maio em um ataque em um estado venezuelano fronteiriço com a Colômbia.

A declaração é lida em um vídeo por uma pessoa que parece ser "Iván Mordisco", o chefe da Frente 1, que atua no sudeste do país e nunca quis aceitar o acordo de paz de 2016, razão pela qual se tornou o primeiro comandante dissidente.

O governo de Iván Duque anunciou no último dia 10 de julho que havia neutralizado Néstor Gregorio Vera Fernández, vulgo "Iván Mordisco", em uma operação, apesar de seu corpo nunca ter aparecido e a polícia ter assegurado que "o corpo possivelmente ficou desintegrado ou foi levado por eles".

O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses informou na semana seguinte que, após a operação realizada em 9 de julho em Caquetá (sul), recebeu nove corpos, dos quais identificou sete, incluindo duas menores, e não estavam entre eles o do líder dos dissidentes no sul da Colômbia.

Por sua parte, a polícia garantiu hoje à Agência Efe que está "verificando" a autenticidade do referido vídeo e, caso seja "Iván Mordisco" que aparece nas imagens, porque ainda está vivo ou se pode se tratar de uma gravação feita antes da operação militar.

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