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Não há qualquer ritual estabelecido de como um doador anônimo de esperma deve contatar seus filhos genéticos. Mas para Jeffrey Harrison, o Dia dos Namorados (nos EUA, comemorado na quarta-feira) pareceu uma boa ocasião.

— A vida é curta. Pensei que podia mandar algum presente para todas a crianças, só dizendo "olá" - disse ele.

Harrison pensava em contatá-las desde que leu no "Times", há 15 meses, que duas adolescentes cujas mães usaram seu esperma queriam achá-lo. A manchete "Olá, sou sua irmã, nosso pai é o doador 150" o assustou, disse Harrison, que ganhou US$ 400 mensais doando esperma sob aquele número, duas vezes por semana, no fim dos anos 80.

Ele foi assaltado por temores. E se elas ficassem desapontadas por sua condição humilde? Harrison foi um dos doadores mais requisitados no banco, com um perfil que o descrevia como tendo 1,82m, olhos azuis e com interesse em filosofia, música e teatro. Harrison, 50 anos, mora num motor-home em Los Angeles com seus quatro cães. Cuida de cães e faz outros biscates.

Mas pensou que podia explicar para as filhas os motivos para o rumo pouco convencional de sua vida. O avô delas foi um executivo financeiro. A avó, uma ex-presidente voluntária da Sociedade Protetora dos Animais.

Seis semanas atrás, Harrison entrou num site que localiza pais e filhos de doadores, onde as duas jovens, Danielle P. and JoEllen M., se conheceram. Outros quatro adolescentes nascidos de seu esperma já apareceram desde então. Ele resolveu entrar em contato com todos.

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