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Mais de 60 mil casos

DOGE, de Musk, expõe fraudes em pedidos de seguro-desemprego nos EUA que ultrapassam US$ 380 milhões

Musk denuncia ameaças de morte diárias contra equipe do DOGE nos EUA
O empresário Elon Musk durante reunião de gabinete do governo do presidente Donald Trump (Foto: EFE/EPA/Samuel Corum/ POOL)

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O Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado por ordem executiva do presidente Donald Trump e comandado pelo empresário Elon Musk, revelou nesta quinta-feira (10) a existência de mais de 62 mil fraudes em pedidos de seguro-desemprego que foram feitos desde 2020.

Segundo um levantamento preliminar do departamento, os pagamentos indevidos poderiam ultrapassam US$ 380 milhões, com casos que incluem beneficiários com idades incompatíveis — incluindo crianças, idosos com mais de 115 anos e até pessoas ainda não nascidas.

Segundo o DOGE, 24,5 mil pessoas com mais de 115 anos reinvindicaram US$ 59 milhões em benefícios do seguro-desemprego, enquanto 28 mil crianças com idades entre 1 e 5 anos embolsaram US$ 254 milhões. Além disso, 9,7 mil pedidos foram feitos por supostos beneficiários com datas de nascimento situadas mais de 15 anos no futuro, que somavam US$ 69 milhões. Segundo o departamento, um dos casos mais extremos envolveu um solicitante registrado com data de nascimento em 2154, que pedia US$ 41 mil em benefício.

De acordo com o DOGE, a maior parte desses pedidos indevidos se concentrou nos estados da Califórnia, Nova York e Massachusetts – todos governados por democratas. Tais pedidos poderiam correponder a US$ 305 milhões em pagamentos indevidos. A situação mais alarmante foi identificada na Califórnia, que, segundo o departamento, foi responsável sozinha por 68% dos benefícios de seguro-desemprego pagos a indivíduos identificados pela Patrulha de Fronteira (CBP) como integrantes da lista de vigilância antiterrorismo ou com antecedentes criminais.

Desde sua criação, o DOGE afirma ter economizado US$ 150 bilhões aos cofres públicos — o equivalente a US$ 930 por contribuinte — por meio de cancelamentos de contratos e concessões, venda de ativos, revisão de programas e eliminação de pagamentos desnecessários ou indevidos.

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