O Papa Francisco adotou nesta quarta-feira (15) novas medidas para reorganizar o Banco do Vaticano e substituiu quatro dos cinco cardeais de uma comissão responsável por supervisionar as operações financeiras da instituição. Entre eles está o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Tarcisio Bertone, antigo Secretário de Estado do Vaticano. Somente o cardeal francês Jean-Louis Tauran permaneceu no cargo. O grupo anterior, nomeado em 16 de fevereiro de 2013 por Bento XVI, deveria permanecer no cargo até o fim de 2018.
Francisco nomeou outros quatro cardeais, incluindo seu secretário de Estado, Pietro Parolin, e Santos Abril e Castello, um amigo. Os outros membros são o cardeal Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, e o cardeal Thomas Collins, arcebispo de Toronto.
No meio do ano passado, o Papa nomeou um amigo de confiança, o monsenhor Battista Ricca, para ocupar o cargo de supervisor e designou uma comissão de investigação independente para examinar as atividades do banco e seu status legal. Em 2012, Ettore Gotti Tedeschi, então presidente do banco, foi demitido sob acusação de incompetência e de não fazer o seu trabalho corretamente. A comissão de peritos, nomeada no verão passado por Francisco, deverá apresentar as primeiras conclusões na próxima reunião do "G8" dos cardeais (grupo de oito cardeais encarregados pelo Papa da reforma das instituições do Vaticano), em fevereiro.
As mudanças fazem parte de um amplo processo de remodelação da Igreja Católica conduzido por Francisco de forma constante e gradativa em pouco menos de um ano de pontificado, sem afetar, no entanto, a doutrina da instituição.
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