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Londres – Explosões atingiram o metrô de Londres e um ônibus ao meio-dia, numa reprise assustadora, mas menos letal, dos ataques suicidas de duas semanas atrás, que mataram 56 pessoas. Informações dão conta de um ferido. As detonações provocaram um grande choque e muita confusão entre a população da capital. Os incidentes ocorreram nas estações de metrô Warren Street, Oval, Shepherd's Bush e em um ônibus da linha 26, no leste da cidade.

Grandes áreas em volta dos locais atingidos foram isoladas pela polícia, que enviou oficiais vestindo roupas especiais, para proteção contra elementos químicos. No entanto, os primeiros exames realizados não mostraram "rastros de agentes químicos", declarou um porta-voz da Scotland Yard.

O especialista em terrorismo David Capitanchik afirmou que as explosões em Londres parecem ter sido provocadas por artefatos artesanais, diferentes dos que mataram 56 mortos e 700 feridos há duas semanas. Ao confirmar as explosões, o comissário de polícia da capital britânica, Ian Blair, as classificou como "um incidente muito sério". Ele informou ainda que um destacamento armado foi enviado para o hospital de University College. A agência de notícias britânica Press Association diz que os policiais chegaram pouco após a entrada de um ferido.

Apesar de menos graves, as explosões de ontem parecem ter um paralelo com as de duas semanas atrás, que também envolveram três pontos do sistema metroviário e um ônibus. Para o comissário Blair, ainda não é possível afirmar que haja conexão entre os dois ataque. "Há uma ressonância. Foram quatro ataques antes e quatro agora, em ambos os casos contra o sistema de transportes, mas ainda não se pode tirar conclusões", destacou.

Apesar de haver uma única vítima notificada, Blair não quis minimizar o caso. Segundo ele, nem todos os dispositivos que poderiam ter explodido foram detonados ontem. Blair disse que a aparente tentativa de realizar atentados foi parcialmente frustrada. "Claramente, a intenção era matar. E o importante é que o intento não foi alcançado", afirmou.

Segundo um perito em química da Universidade Robert Gordon, as bombas seriam obras de amadores que queriam explodi-las quando os serviços de emergência chegassem em cena. O especialista explicou que os relatos de testemunhas sobre pequenas explosões em mochilas podem indicar que as bombas não foram criadas para explodir até que tivessem sido tocadas pelos serviços de emergência.

Prisões

Fontes da rede pública de comunicação britânica BBC disseram que dois suspeitos foram presos. Um deles estava perto de Downing Street, a residência oficial do primeiro-ministro britânico, Tony Blair. A cena foi registrada pelas câmeras da tevê. Não há detalhes ainda sobre a segunda prisão. Também de acordo com fontes da BBC, a polícia estaria tentando capturar outras pessoas.

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