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Beduínos egípcios sequestraram neste domingo (18) duas turistas brasileiras e um guia local na Península do Sinai, no terceiro caso desse tipo envolvendo turistas em 2012 na região.

O Ministério do Interior do Egito está negociando a liberação das duas brasileiras. As conversas estão sendo acompanhadas de perto pelo embaixador do Brasil no Cairo (capital egípcia), Marco Brandão, informou a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

As turistas retornavam de uma visita ao mosteiro histórico de Santa Catarina, no sudeste do Sinai, quando os beduínos anunciaram o sequestro, segundo fontes dos serviços de segurança.

Fontes oficiais apresentaram informações conflitantes sobre a idade das vítimas. Uma informação preliminar afirmava que as duas eram adolescentes, mas um policial disse que uma tem 18 anos e a outra 40.

As forças de segurança não conseguiram estabelecer contato até o momento com os sequestradores para descobrir suas exigências, mas acreditam que os criminosos desejam a libertação de outros beduínos detidos para liberar as turistas.

De acordo com uma fonte policial, um dos sequestradores é o pai de um homem condenado por tráfico de drogas e posse de armas. Ele espera obter a libertação do filho em troca das reféns.

Uma fonte informou que dois beduínos armados pararam um ônibus com 38 turistas e sequestraram as brasileiras e o guia, antes de abandonar o local em direção às montanhas.

No início da tarde deste domingo, o Itamaraty confirmou o sequestro das duas brasileiras. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, as autoridades egípcias estão negociando a libertação das reféns, com o acompanhamento da Embaixada do Brasil no Cairo, capital do país. De acordo com o Itamaraty, vários brasileiros estavam no ônibus atacado pelos beduínos.

Outros casos

Em fevereiro, beduínos sequestraram três turistas sul-coreanos na mesma região, pouco depois de um crime similar contra duas americanas e um guia egípcio, com a exigência de libertação de companheiros detidos.

Os turistas e o guia foram libertados rapidamente e sem ferimentos, assim como 25 trabalhadores chineses que haviam sido sequestrados em janeiro.

A pouco habitada região abriga a maioria dos resorts egípcios, ao mesmo tempo que é o local de moradia de grande parte da população beduína pobre.

Desde a revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak ano passado, a região do Sinai se tornou uma área ainda mais violenta, com ataques a delegacias de polícia e explosões frequentes contra oleodutos que levam gás ao vizinho Israel.

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