O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos sofreu queda de 1,4% no primeiro trimestre, a primeira retração registrada na economia americana desde o segundo trimestre de 2020, no início da pandemia de Covid-19.
Os números foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Escritório de Análises Econômicas do Departamento de Comércio dos Estados Unidos. O relatório apontou que a queda do PIB real “refletiu quedas no investimento privado em estoques, exportações, gastos do governo federal e gastos dos governos estaduais e municipais, enquanto as importações, que são uma subtração no cálculo do PIB, aumentaram. As despesas de consumo pessoal, o investimento fixo não residencial e o investimento fixo residencial aumentaram”.
O Escritório de Análises Econômicas apontou influência da variante ômicron do novo coronavírus: o aumento nos casos da doença nos três primeiros meses do ano resultou em restrições e interrupções nas operações de empresas.
Além disso, os auxílios do governo “na forma de empréstimos perdoáveis a empresas, transferências a governos estaduais e municipais e benefícios sociais a famílias diminuíram à medida que as provisões de vários programas federais expiraram ou diminuíram”.
O presidente americano, Joe Biden, culpou “fatores técnicos” pelo mau resultado do PIB e alegou que a economia deve crescer este ano, citando altos índices de gastos dos consumidores e investimentos de empresas e residenciais (construção ou compra de imóveis para morar).
“A economia americana, sustentada por famílias trabalhadoras, continua resiliente diante de desafios históricos. Os Estados Unidos enfrentam os desafios da Covid-19 em todo o mundo, a invasão não provocada de [Vladimir] Putin na Ucrânia e a inflação global a partir de uma posição de força”, afirmou, em declaração reproduzida pelo Financial Times.
A economia é o grande desafio de Biden para as eleições legislativas de meio de mandato, que serão realizadas em novembro. Os Estados Unidos vêm acumulando taxas de inflação recorde, e em março o índice atingiu 8,5%, o maior para um período de 12 meses desde dezembro de 1981.
O Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, anunciou em março uma elevação da taxa básica de juros no país em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 0,25% a 0,50% ao ano, a primeira alta do indicador no país desde 2018, e mais reajustes são esperados por economistas. A próxima reunião do comitê do FED será na semana que vem.
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