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Saint Louis - A disputa presidencial norte-americana voltou seu foco novamente para a economia ontem, com cautelosos elogios do republicano John McCain e do democrata Barack Obama ao pacote financeiro aprovado no Congresso. Depois do "sim" da Câmara à ajuda de US$ 700 bilhões para o setor financeiro, Obama, em campanha na Pensilvânia, pediu ao governo Bush e especialmente ao secretário do Tesouro, Henry Paulson, que usem sua autoridade com sabedoria e "estruturem a compra desses bens de modo a proteger os contribuintes".

McCain disse que novas ações são necessárias para ajudar a impulsionar a economia em crise. "Esse pacote de resgate não é perfeito. É um insulto que ele seja necessário", disse o senador pelo Arizona a jornalistas. "Nossa economia ainda está machucada, duramente machucada. Mais ações são necessárias e não deveríamos precisar de uma crise para fazer o país agir."

McCain, Obama e seu companheiro de chapa, Joe Biden, todos senadores, votaram na quarta-feira a favor do pacote no Senado. McCain está ansioso para que o assunto suma logo das manchetes, já que a crise financeira ajudou Obama a subir nas pesquisas.

Promessas

Tanto McCain quanto Obama prometeram apoio econômico à classe média, depois da divulgação de dados oficiais sobre o fechamento de 159 mil postos de trabalho em setembro – nona redução consecutiva. Mas trocaram farpas sobre assuntos econômicos e cada um se disse mais bem preparado para tirar os EUA da crise.

"Este país não agüenta o plano do senador McCain para dar à América mais quatro anos das mesmas políticas que devastaram a nossa classe média e nossa economia nos últimos oito", disse Obama em nota, vinculando seu rival ao impopular presidente George W. Bush.

McCain, por sua vez, insistiu nas críticas ao plano de Obama de aumentar o imposto de renda para quem ganha mais de US$ 250 mil por ano, para reduzir os impostos de quem ganha menos. "Ao contrário do senador Obama, não acredito que vamos criar um só emprego norte-americano aumentando taxas, entrando numa enorme orgia de gastos e fechando mercados", disse.

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, abriu sete pontos porcentuais de vantagem sobre seu rival republicano John McCain, indica pesquisa diária do Gallup de ontem. Obama tem 49% das intenções de voto e McCain, 42%. A pesquisa ainda não traz o impacto do debate entre os candidatos a vice.

A pesquisa realizada entre 26/9 e 2/10 pelo instituto Real Clear Politics mostra diferença um pouco menor: 49% para Obama e 43% para McCain. O impacto do debate começará a aparecer nas pesquisas divulgadas a partir de hoje.

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