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Egípcios protestam – de novo – contra o presidente Mursi | Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Egípcios protestam – de novo – contra o presidente Mursi| Foto: Amr Abdallah Dalsh/Reuters

Milhares de egípcios se reuniram ontem nas ruas do Cairo para protestar contra o presidente Mohamed Mursi, acusado pela multidão descontente de trair os ideais da revolução que lhe permitiu chegar ao poder.

As manifestações ocorrem depois que representantes de diferentes facções políticas do Egito realizaram uma reunião na quinta-feira para denunciar a violência observada em uma série de protestos ocorrida na última semana que deixou ao menos 60 mortos, em todo o país.

"Fora!", gritava a multidão que invadiu as principais avenidas da capital no início da tarde, após a oração semanal muçulmana.

Com bandeiras e faixas exigindo "justiça", os manifestantes iam rumo à Praça Tahrir, ou para o palácio presidencial na periferia de Heliópolis, onde as medidas de segurança foram reforçadas.

Também foram registrados protestos em outras cidades egípcias, convocados pela Frente de Salvação Nacional (FSN), principal coalizão de oposição ao poder.

A FSN exige o fim do "monopólio" do poder pela Irmandade Muçulmana, formação a qual o presidente Mursi pertence, a criação de um governo de salvação nacional, a revisão da Constituição e a saída do procurador-geral nomeado pelo chefe de Estado.

"Se essas reivindicações não forem atendidas, nenhum diálogo político dará frutos", declarou a FSN em um comunicado.

Essa nova onda de protestos começou há uma semana, quando a oposição convocou uma manifestação para marcar o segundo aniversário do protesto de 25 de janeiro de 2011 – marcante na chamada Primavera Árabe e que, ao final, levou à deposição do ditador Hosni Mubarak.

Na quinta-feira, foi a primeira vez que representantes da Irmandade Muçulmana – ligada ao presidente Mohamed Mursi – se encontraram com a Frente de Salvação Nacional, uma coalizão de oposicionistas que foi formada em novembro passado. Os políticos concordaram em condenar a instigação da violência e em proibi-la, além de diferenciá-la de atos políticos legítimos.

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