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Energia

Egito anuncia ampliação do seu programa nuclear

Plano da país africano recebe apoio imediato dos Estados Unidos

Cairo – O presidente do Egito, Hosni Mubarak, anunciou planos de construir diversas usinas nucleares, somando-se a outros Estados árabes que recentemente anunciaram ambições referentes à exploração da energia atômica. O anúncio foi imediatamente aplaudido pelos Estados Unidos, um forte contraste com sua posição perante o programa nuclear do Irã.

Num discurso pronunciado em cadeia nacional de televisão, Mubarak disse que o objetivo egípcio é a diversificação de suas matrizes energéticas e a preservação das reservas de gás e petróleo do país em benefício das gerações futuras.

"Nós acreditamos que a segurança energética seja um importante componente da construção do futuro deste país", declarou o presidente. Mubarak assegurou que o programa nuclear egípcio será transparente e que o país respeitará os termos do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual é signatário.

O pronunciamento foi feito durante a cerimônia de lançamento da segunda fase da construção de uma usina nuclear ao norte do Cairo. O Egito buscará a ajuda de "parceiros internacionais" e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para construir as usinas.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, disse que os EUA não tinham objeção ao programa, desde que o Egito respeite a AIEA e o TNP.

"O problema surge, especificamente no caso do Irã, quando você tem um país que assumiu certos compromissos, e no nosso ponto de vista, que é compartilhado por muitos (...) e está fraudando tais obrigações", disse.

No ano passado, o filho de Mubarak, Gamal, defendeu que o Egito deveria retomar seu programa nuclear, abandonado depois do acidente ocorrido em 1986 na usina soviética de Chernobyl, onde hoje é a Ucrânia.

No início deste ano, o ex-inspetor-chefe da AIEA Hans Blix disse ser favorável às ambições nucleares egípcias, mas observou que seria necessária pelo menos uma década até que o Egito pudesse lançar o programa. Ele também pediu ao Cairo que assine protocolos adicionais para permitir inspeções mais amplas.

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