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Uma corte criminal do Egito sentenciou um policial à morte no domingo (22) à revelia por ter matado manifestantes, na primeira decisão do tipo desde os protestos pró-democracia que derrubaram o então presidente egípcio Hosni Mubarak em 11 de fevereiro.

A sentença elevou as apostas para a condenação de outras autoridades de segurança, acusadas de terem participado da morte de manifestantes, incluindo o ex-ministro do Interior Habib al-Adli, que já foi sentenciado a 12 anos de prisão por corrupção.

A corte do Cairo condenou o policial Mohamed Abdel-Monem pela morte de 20 manifestantes e por ter ferido outros 15 em 28 de janeiro, de acordo com uma fonte do judiciário, em um dos episódios mais sangrentos dos 18 dias de protestos que depuseram o presidente Mubarak.

O tribunal remeteu o processo ao Grande Mufti, a autoridade religiosa do Egito, que deve aprovar todas as sentenças de morte. A pena de Abdel-Monem, que conseguiu escapar, seria confirmada em 26 de junho, aguardando a aprovação de Mufti.

Mais de 800 pessoas morreram na revolta após a polícia disparar balas de revólver, balas de borracha, canhões de água e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que tomaram as ruas em 25 de janeiro. Dias depois, os policiais perderam o controle e foram retirados. O Exército foi enviado às ruas.

Um procurador acusou Abdel-Monem de ter matado manifestantes ao abrir fogo de maneira aleatória em frente à estação policial, para impedir uma possível invasão, segundo reportagem da agência de notícias estatal.

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