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O ministro das Relações Exteriores do Egito, Nabil Fahmy, disse nesta sexta-feira (8) que o país vai realizar eleições parlamentares entre fevereiro e março, que serão seguidas por eleições presidenciais, e que o braço político da banida Irmandade Muçulmana, do presidente deposto Mohamed Mursi, poderá participar.

Os comentários de Fahmy representam o cronograma mais específico até agora para o fim do governo apoiado pelo Exército e um retorno à política eleitoral no país mais populoso do mundo árabe, que desde a queda de Mursi em 3 de julho tem vivido alguns dos piores casos de violência em sua história moderna.

Fahmy disse à Reuters em entrevista que o Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, "ainda é legal no Egito" e está livre para participar da eleição parlamentar.

A Irmandade não conseguiu derrubar, na quarta-feira, uma decisão judicial que proíbe o movimento, enquanto Mursi está em julgamento sob a acusação de incitar a violência durante seu governo.

Falando durante visita à Espanha, o chanceler egípcio disse que as eleições presidenciais serão anunciadas "até o fim da próxima primavera (no hemisfério Norte)", e que as eleições serão realizadas "no máximo dois meses após o anúncio".

As eleições vão acontecer após um referendo sobre uma nova Constituição, que Fahmy disse que será realizada em dezembro. Um comitê de 50 membros está trabalhando na alteração de uma Constituição que foi elaborada sob o governo de Mursi por uma assembleia dominada por islâmicos.

Desde julho o governo apoiado pelo Exército levou a cabo uma operação de repressão à Irmandade Muçulmana, de Mursi. Os líderes do movimento estão atrás das grades, assim como mais de 2.000 membros e simpatizantes. Centenas de islâmicos foram mortos desde a deposição do presidente.

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