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Contagem foi iniciada logo após encerramento da votação | Ahmed Jadallah/Reuters
Contagem foi iniciada logo após encerramento da votação| Foto: Ahmed Jadallah/Reuters

17 pessoas morreram em ataques contra centros de votação registrados ontem. O episódio mais grave foi na cidade de Biji, onde um suicida detonou um cinto explosivo em um posto de segurança próximo a um colégio. Seis pessoas morreram, sendo quatro civis e dois policiais, e outras 18 ficaram feridas, a maioria eleitores.

Os cidadãos iraquianos depositaram ontem seus votos nas eleições legislativas em busca de um novo governo que garanta estabilidade e segurança em um país perturbado pelos conflitos sectários e pelos ataques terroristas.

A eleição teve 60% de participação, dois pontos a menos que nas legislativas de 2010, anunciou em entrevista coletiva o membro da comissão eleitoral Maqdad al Sharifi. Os resultados finais não serão conhecidos em menos de 20 dias, por causa do período para apresentação de recursos.

A tendência política parecia ser o que menos importava para os cidadãos que foram votar ontem, mais preocupados em escolher um Executivo que ofereça constância diante da instabilidade que o país vive.

O estudante Karrar al Jassim, 22 anos, que votou no bairro de Al Zubat, confessou esperar que as eleições "abram uma nova página com [o primeiro-ministro iraquiano saliente Nouri] al-Maliki, e seja administrada com mais estabilidade". Alguns cidadãos, porém, preferiram boicotar a eleição.

Em Bagdá, os eleitores, jovens, idosos, mulheres e homens andaram até os centros de votação, pois o exército iraquiano impediu a circulação de veículos na cidade desde a noite de terça-feira até o fechamento das urnas por razões de segurança.

Divisão

O Executivo iraquiano estava integrado por ministros das duas coalizões rivais, Estado de Direito e a laica Al-Iraquiya, dirigida pelo ex-primeiro-ministro Ayad Allawi. Mas desde que há mais de um ano explodiu uma crise política entre os dois grupos, fazendo a Al-Iraquiya tomar a decisão de retirar seus titulares das reuniões do governo e endurecer a oposição parlamentar ao primeiro-ministro, o país sofre com uma grave divisão política e sectária.

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