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Cartazes da campanha eleitoral em rua de Atenas. Os gregos voltam às urnas depois do fracasso das eleições de 6 de maio | Andreas Solaro/AFP
Cartazes da campanha eleitoral em rua de Atenas. Os gregos voltam às urnas depois do fracasso das eleições de 6 de maio| Foto: Andreas Solaro/AFP

Gregos iniciam votação com normalidade e em total calma

Os colégios eleitorais abriram sem problemas às 7h (horário local), a exceção de um em Erymant.

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Após meses de incertezas, desde a renúncia do primeiro-ministro George Papandreou, no início de novembro do ano passado, o futuro da Grécia na zona do euro deve ser decidido neste domingo em uma segunda rodada de eleições, após o pleito inconclusivo de 6 de maio. Apesar de a legislação grega permitir um número ilimitado de eleições até que um governo seja formado, analistas e líderes políticos dizem que, pelo menos neste momento, esta possibilidade está descartada.

Existem basicamente dois cenários possíveis para as elei­­ções gregas neste domingo na opinião de Theodore Cou­­loumbis, professor de re­­­­la­­ções internacionais da Uni­­versidade de Atenas e vice-­­presidente da Fundação He­­lênica para Políticas Eu­­ro­­peias­­ e Internacionais (Elia­­mep,­­ na sigla em grego). O pri­­meiro cenário é composto­­ pela formação de um governo de centro-direita, liderado pelo conservador Nova De­­mocracia, com a participação do Partido Socialista (Pasok) e provavelmente do­­ Esquerda Democrática (De­­mar).

A segunda alternativa é um governo de centro-es­­quer­­da, com a Coalizão de­­ Es­querda Radical (Syriza) à fren­­te. Para isso, o partido pos­­sivelmente contaria também­­ com o apoio do Pasok e do De­­mar. Entretanto, estas duas últimas siglas só aceitariam tal aliança se o Syriza se comprometesse a manter a Grécia na zona do euro. Além é claro, da participação de todos os membros do governo de coalizão na renegociação dos termos do segundo pacote internacional de resgate destinado ao país, no valor de 130 bi­­lhões de euros.

"Com esse segundo cenário, o país vai ter de lidar com as incertezas que serão criadas nos mercados. Até mesmo uma corrida bancária. Mas muitos empresários têm dito que nem tudo está perdido, desde que o Syriza não consiga uma maioria absoluta nas eleições. Esse governo de centro-esquerda seria considerado uma solução quase europeia, que deixaria os mercados nervosos, mas não terrivelmente nervosos", comenta Couloumbis.

Pesquisas

A legislação grega proíbe a divulgação de pesquisa de opinião a partir de 15 dias antes das eleições. De acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, o Nova Democracia teria em torno de 28% dos votos, o Syriza ficaria com cerca de 26% e o Pasok com 13%. Nos últimos dias, entretanto, rumores dão conta que o Nova Democracia teria ampliado um pouco sua liderança, com uma vantagem de até três pontos porcentuais sobre o Syriza.

Terminar em primeiro nas eleições é de extrema importância, seja por qualquer margem de votos, porque o partido que vence a disputa recebe um bônus de mais 50 cadeiras no Parlamento, que possui 300 lugares.

Caso os números das pesquisas se confirmem, Nova Democracia e Pasok conseguiriam juntos cerca de 170 assentos, uma maioria relativamente sólida.

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