Eleições no Afeganistão terão segundo turno, mostram resultados preliminares

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As eleições no Afeganistão terão segundo turno, numa disputa entre o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani, ex-economista do Banco Mundial, depois de nenhum dos candidatos obter a maioria absoluta dos votos, conforme resultados preliminares divulgados neste sábado.

Abdullah terminou em primeiro com 44,9 por cento dos votos, seguido por Ghani, com 31,5 por cento, afirmou a Comissão Eleitoral Independente. Zalmay Rassoul ficou em um distante terceiro lugar, com 11,5 por cento dos votos. Os dois políticos se enfrentarão no segundo turno no dia 28 de maio, informou em entrevista coletiva o diretor da IEC, Ahmad Yousef Nuristani.

Nuristani lembrou que estes são resultados prévios e que, quando forem anunciados os resultados finais do primeiro turno, previstos para 14 de maio, pode haver mudanças.

Abdullah conseguiu na eleição anterior, de 2009, forçar um segundo turno, mas se retirou entre acusações de fraude contra a candidatura do atual presidente afegão, Hamid Karzai, em cuja administração ocupou o cargo de ministro das Relações Exteriores.

Gani é um tecnocrata com experiência no Banco Mundial que fez parte da primeira equipe de assessores de Karzai e ocupou o Ministério das Finanças no primeiro Executivo de transição.

O desenvolvimento do pleito do último dia 5 de abril foi elogiado pelos aliados do Afeganistão e calcula-se que a participação foi próxima a 60%, apesar da ameaça dos talibãs de atentar contra quem participasse do processo eleitoral.

As eleições decidem o sucessor de Karzai, no cargo há mais de 12 anos após ganhar os dois pleitos anteriores de 2004 e 2009, e a quem a Constituição afegã impede de concorrer a um terceiro mandato.

As tropas da Otan destacadas no Afeganistão se encontram em pleno processo de retirada e transferem gradualmente as competências de segurança à polícia e ao exército afegãos.

A retirada concluirá no próximo mês de dezembro, se forem cumpridos os prazos previstos, mas a comunidade internacional avalia manter certa presença militar em solo afegão além dessa data.