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Peña Nieto traz o PRI de volta ao poder depois de 12 anos | Johan Ordonez/AFP
Peña Nieto traz o PRI de volta ao poder depois de 12 anos| Foto: Johan Ordonez/AFP

Contestação

Segundo colocado denuncia fraudes e pedirá impugnação

AFP

O segundo colocado nas eleições no México, Andrés Manuel López Obrador, prometeu ontem impugnar o resultado do pleito – divulgado preliminarmente pela comissão eleitoral – alegando a ocorrência de fraudes. López Obrador, do esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD), classificou de escandaloso o comportamento do aparato governamental diante de mais de três mil denúncias de irregularidades.

"Sim, vamos contestar (a eleição). Não podemos aceitar um resultado fraudulento. Temos provas da compra de pelo menos um milhão de votos", disse.

As denúncias trazem de volta aos mexicanos o drama eleitoral das eleições de 2006 — quando López Obrador denunciou irregularidades ao perder a disputa por 0,56 ponto percentual para o atual presidente Felipe Calderón.

A violência no México desencadeada pela guerra contra o narcotráfico e o aumento da pobreza serão os principais desafios que o presidente eleito Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI, terá pela frente.

"O desafio mais importan­­te é reconstituir as condições de paz social nas zonas­­ mais afetadas pela violência no México", afirma Javier Oli­­va,­­ especialista em segurança da Universidade Nacional Autônoma do Mé­­xico (UNAM).

Com 95% das urnas apuradas, Peña Nieto, um ex-go­­vernador do estado do Mé­­xico, chegou a 38,02% dos votos. Em segundo lugar ficou o candidato da esquerda, Andrés Manuel López Obrador, do Partido da Revo­­lução Democrática (PRD), com 31,73% dos votos, seguido pela aspirante do governante PAN (Ação Nacional ), Josefina Vázquez Mota, com 25,45%.

O México vive uma onda de violência que deixou mais de 50 mil mortos desde que o governo do presidente Felipe Calderón lançou em dezembro de 2006 uma ofensiva contra os cartéis da droga com o exército.

Peña Nieto, após o resultado das urnas, anunciou que "diante do crime organizado não haverá nem pacto nem trégua".

O outro grande problema que deverá ser abordado pelo novo governo é o da pobreza. De acordo com os números oficiais, a metade dos 112 milhões de mexicanos vive na pobreza, mas Gallego aumenta esta porcentagem a 70%, com base em um estudo de Julio Boltvinik, especialista do Colégio do México.

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