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A indicada de Obama, Elena Kagan: questionamento sobre o seu passado | Jason Reed/Reuters
A indicada de Obama, Elena Kagan: questionamento sobre o seu passado| Foto: Jason Reed/Reuters

A candidata de Barack Obama à Corte Suprema dos Estados Uni­­dos, Elena Kagan, 50 anos, que trabalha como advogada do go­­verno, foi sabatinada ontem no Senado. Se confirmada, Elena Kagan se tornará a mais jovem da mais alta jurisdição dos Estados Unidos e a quarta mulher a ser nomeada ao cargo depois de San­­dra Day O’Connor, Ruth Bader Ginsburg e Sonia Sotomayor. E, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, três mulheres se sentarão, ao mesmo tempo, ao lado de seis homens.

As audiências de ontem na Comissão de Justiça do Senado, como impõe a Constituição, fo­­ram transmitidas ao vivo pela televisão, e tudo foi dissecado: passado, experiência profissional, primeiros trabalhos escritos, equidade e moralidade.

Desde a designação de Kagan pelo presidente Obama, no dia 10 de maio, para suceder ao juiz John Paul Stevens, 90 anos, que anunciou sua aposentadoria em abril, a imprensa americana vem escrevendo uma enorme quantidade de artigos sobre a candidata. Sua infância em Ma­­nhattan nos anos 60 e 70, seus estudos em Prin­­ceton, seus serviços na Rei­­toria da Faculdade de Direito de Harvard e sua carreira jurídica foram dissecados nos menores detalhes.

Sem nunca ter sido juíza, Ka­­gan jamais proferiu uma sentença. Sua candidatura à magistratura havia sido rejeitada pelo Se­­na­­do em 1999. Os republicanos, no entanto, estavam mais interessados ontem em ob­­ter in­­formações da época em que ela era assessora na Casa Branca, du­­rante a presidência de Bill Clin­­ton.

"A candidata apresenta certo número de elementos controversos em seu passado", afirmou o líder republicano da co­­missão jurídica do Senado, Jeff Sessions, lamentando as posições de "esquerda" de Kagan.

Na sexta-feira, o senador do Texas, John Cornyn, estimou que no passado Kagan posicionou-se contra o direito de portar armas, inscrito na segunda emenda da Consti­­tuição. Em contrapartida, à esquerda, al­­guns, como o Cen­­tro pelos Di­­reitos Consti­­tu­­cio­­nais (CCR) que defendem os detentos de Guantánamo, criticam seu posicionamento muito favorável ao reforço dos poderes presidenciais, em particular sobre as questões de terrorismo.

A comissão do Senado deve se pronunciar sobre a indicação de Kagan antes do fim de julho.

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