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Omar, filho de Osama bin Laden, em foto de 2007: familiares do líder da Al-Qaeda ameaçam processar os EUA | Reuters
Omar, filho de Osama bin Laden, em foto de 2007: familiares do líder da Al-Qaeda ameaçam processar os EUA| Foto: Reuters

Pressionado, Paquistão se aproxima da China

De olho no seu maior aliado contra a pressão norte-americana pela presença de Osama Bin Laden em seu território, o governo do Paquistão anunciou ontem uma viagem de seu primeiro-ministro à China na semana que vem.

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Forças dos EUA caçam líder talibã

De acordo com o tabloide inglês The Sun, autoridades americanas e paquistanesas começaram uma corrida pela captura do lí­­der espiritual do Talibã, o mulá Omar. Agentes da inteligência acreditam que o muçulmano ra­­dical esteja escondido na cidade paquistanesa de Quetta, perto da fronteira com o Afeganistão.

Fontes disseram que a rede de espionagem paquistanesa – ISI – está desesperada para encontrar o mulá primeiro, depois da humilhação que sofreu com a operação norte-americana que ma­­tou Osama bin Laden em território nacional, na cidade de Abbot­­ta­­bad, onde ele morava há pelo me­­nos cinco anos.

Já os norte-americanos estariam afinando os últimos detalhes de uma operação de assalto ao es­­conderijo de Omar, com base em novas informações recolhidas no complexo de Osama Bin Laden.

Omar é procurado pelas forças dos Estados Unidos desde 2001 sob acusações de ter abrigado Bin Laden e membros da rede Al- Qaeda no Afeganistão em anos anteriores aos ataques de 11 de setembro.

Acredita-se também que o mulá esteja no comando da resistência ao governo do presidente afegão Hamid Karzai, aliado de Washington. A imprensa praticamente não tem registro fotográfico de Omar.

Nova York - Uma declaração supostamente feita por um dos filhos de Osama bin Laden chama a morte do líder da Al-Qaeda de "crime’’ e afirma que seu enterro no mar "foi uma humilhação para a família’’.

As acusações constam de nota de Omar bin Laden, 30 anos, quarto filho mais velho do terrorista (entre cerca de 20 que ele teve).

Segundo o jornal The New York Times, o documento foi entregue por Jean Sasson, autor que ajudou Omar a escrever um livro de me­­mórias ("Growing up bin Laden’’, ou Crescendo Bin Laden), em 2009.

Omar assina a declaração, mas diz que as palavras são da família toda. No documento, pede justiça e afirma que "assassinatos seletivos não são solução política’’.

Diz que os EUA violaram o di­­reito internacional e ameaça re­­correr ao Tribunal Penal Interna­­cional (TPI). Um prazo de 30 dias é dado para que as questões sejam respondidas.

Também pergunta "por que Bin Laden não foi preso e julgado para a verdade ser revelada para o mundo’’ e pede a libertação de suas três viúvas e dos filhos presos durante a operação.

Al-Qaeda

Um vídeo da Al-Qaeda divulgado na internet ontem acusa o governo dos EUA de ter divulgado imagens falsas de Bin Laden, nas quais ele aparece envelhecido e assistindo televisão. "É preciso ficar atento: os Estados Unidos mentem", afirma o site Shumuj al Islam, que costuma publicar vídeos da Al- Qaeda. "O vídeo é uma resposta ao difundido pelos meios de comunicação árabes e estrangeiros que mostra Osama Bin Laden assistindo televisão", aponta o site.

O vídeo da Al-Qaeda destaca diferenças, em particular nas orelhas e olhos, entre Bin Laden e o homem que aparece nas imagens divulgadas pelos Estados Unidos. Nas imagens difundidas após a morte em uma ação americana, Bin Laden aparece de lado com uma barba branca.

O governo americano informou que o comando que matou Bin Laden no dia 2 de maio apreendeu cinco vídeos e diversos do­­cumentos na casa em que ele vivia em Abbottabad, no Paquistão.

Ameaça

O braço iraquiano da Al-Qaeda prometeu apoio a Ayman al Za­­wahiri – o "número dois" da rede terrorista – e disse que pretende cometer atentados para vingar a morte de Bin Laden.

Em nota divulgada em um fó­­rum islâmico na internet, o califa do Estado Islâmico do Iraque (EII), Abu Baker al Baghdadi al Husseini al Qurashi, lamentou a morte de Bin Laden. "Eu digo aos nossos amigos na organização Al-Qaeda, e no topo dela ao xeque mujahid (combatente) Al Zawahiri (...): ale­­grem-se, vocês têm homens leais no Estado Islâmico do Iraque, que estão seguindo o caminho correto e não vão desistir nem serem ex­­pulsos", disse ele na nota. A EII, também conhecida co­­mo Al-Qae­­da do Iraque, é o primeiro grupo ligado à rede a manifestar publicamente seu apoio a Zawahiri, suposto sucessor de Bin Laden.

Zawahiri, um médico egípcio, conheceu Bin Laden na década de 1980 no Paquistão, onde ambos davam apoio aos guerrilheiros que combatiam os soviéticos no Afeganistão. Seu paradeiro atual é desconhecido.

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