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Rebeldes acusam forças leais ao presidente Bashar al Assad de terem feito ataque aéreo que destruiu prédio em Aleppo | Nour Kelze/Reuters
Rebeldes acusam forças leais ao presidente Bashar al Assad de terem feito ataque aéreo que destruiu prédio em Aleppo| Foto: Nour Kelze/Reuters

Violência

Ataques deixam ao menos 11 mortos em Aleppo no dia de votação

Efe

Pelo menos 11 pessoas morreram ontem no impacto de bombas disparadas por brigadas rebeldes contra bairros controlados pelas forças governamentais em Aleppo, a maior cidade do norte da Síria.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que os insurgentes lançaram foguetes contra as regiões de Ashrafie, Hamdaniya, Sheikh Taha e contra as imediações da prefeitura. Também ontem, vários projéteis atingiram diferentes áreas do centro de Damasco, capital do país. Não houve informações sobre vítimas até o fechamento. Quatro grupos rebeldes anunciaram que não atacariam os centros de votação para evitar o derramamento de sangue de civis.

16 milhões de sírios estavam credenciados a votar nas 9.601 seções eleitorais dispostas pelas autoridades, das quais 1.563 estavam na capital, Damasco. A TV estatal da Síria informou que a votação foi estendida por cinco horas devido à "elevada participação nas urnas".

  • Assad e sua esposa, Asma, votam em Damasco

Os sírios votaram ontem em uma eleição que deve resultar na esmagadora vitória do presidente Bashar al-Assad, em meio a uma guerra civil que divide o país e já matou mais de 160 mil pessoas.

Os opositores de Assad, incluindo combatentes rebeldes, a oposição política no exílio, potências ocidentais e árabes da região do Golfo Pérsico consideraram a eleição fraudulenta, dizendo que nenhuma votação com credibilidade pode ser realizada em um país no qual amplas partes do território estão fora do controle estatal e milhões de pessoas tiveram de fugir de suas casas.

Insurgentes que lutam para depor Assad aumentaram os ataques em áreas controladas pelo governo durante a preparação da eleição, na tentativa de interromper a votação.

Os colégios eleitorais abriram às 7h (horário local) em parte da Síria onde Assad continua a governar, e a televisão estatal transmitiu imagens de pessoas fazendo fila para depositar os votos em várias cidades.

"Esperamos segurança e estabilidade", disse Hussam al-Din al Aws, um professor de árabe que foi a primeira pessoa a votar em um colégio eleitoral em Damasco. Questionado sobre quem venceria, ele respondeu: "Se Deus quiser, o presidente Bashar al-As­sad".

História

Assad está concorrendo contra dois candidatos relativamente desconhecidos, que foram aprovados por um Parlamento dominado por seus aliados. Essa foi a primeira vez em meio século em que os Sírios tiveram opção de escolha de candidatos.

As últimas sete eleições presidenciais foram um referendo para aprovar Bashar ou seu pai, Hafez al-Assad. Hafez nunca teve aprovação menor do que 99%, enquanto Assad conquistou 97,6% há sete anos.

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