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Fidel Castro desculpou-se neste domingo (17) por não participar da parada militar celebrando o aniversário de 50 anos de sua vitória sobre exilados apoiados pela CIA na Baía dos Porcos (Playa Girón). Além disso, saudou o discurso do irmão, Raúl Castro, propondo grandes mudanças econômicas e limites aos mandatos dos líderes do país.

O ex-líder de 84 anos escreveu um texto opinativo divulgado pela imprensa estatal, dizendo que a parada realizada no sábado, no dia da abertura do Sexto Congresso do Partido Comunista, deixou-o orgulhoso. "Valeu a pena os problemas para sobreviver e ver os eventos deste domingo, e vale o trabalho para sempre relembrar aqueles que morreram para tornar isso possível", escreveu Fidel, dizendo que sentia "o mesmo orgulho" quando ouvia Raúl discursar e via os mil delegados do PC Cubano reunidos.

Fidel disse que não estava fisicamente em condições de participar da parada militar na Praça da Revolução e desculpou-se pela ausência. Ele entregou o poder ao irmão após ficar gravemente doente em 2006, e Raúl assumiu oficialmente dois anos depois. No ano passado, Raúl, de 79 anos, passou a defender uma limitada porém importante abertura para o setor privado, dizendo que o governo cortará funcionários públicos e subsídios.

No sábado, Raúl disse que os políticos e outras lideranças devem ter mandatos limitados a dois períodos de 5 anos cada. A mudança é importante, em um país governado há cinco décadas pelos Castro.

Raul reconheceu que erros deixaram Cuba sem um sucessor óbvio e prometeu rejuvenescer a classe política. Há ainda no governo vários veteranos da revolução contra Fulgencio Batista na Sierra Maestra e outras batalhas históricas. Jose Ramon Fernandez, por exemplo, ocupa uma vice-presidência aos 87 anos, enquanto Ramiro Valdés é um dos vice-presidentes aos 78.

Uma importante tarefa do Congresso é apontar a nova liderança do Partido Comunista. Raúl deve ser confirmado no posto, mas não se sabe quem será o novo número 2. Com o discurso de Raúl, cresceu a expectativa de que possa ser alguém mais jovem, como Lazaro Exposito, chefe do PC em Santiago de Cuba, ou Marino Murillo, ex-ministro da Economia. As informações são da Associated Press.

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