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Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Timoleón Jiménez, da Farc, em momento histórico. Ao fundo, Raul Castro | Adalberto Roque/AFP
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, e Timoleón Jiménez, da Farc, em momento histórico. Ao fundo, Raul Castro| Foto: Adalberto Roque/AFP

Em cerimônia na cidade de Havana, capital de Cuba, o presidente colombiano Juan Manuel Santos e o líder do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londono, assinaram nesta quinta-feira (23) um acordo de cessar-fogo bilateral definitivo, abrindo caminho para um tratado de paz que dê fim ao conflito que já dura mais de meio século.

A assinatura de um acordo sobre o cessar-fogo definitivo na Colômbia representa “um dia histórico para nosso país”, afirmou Santos.“Hoje é um dia histórico para nosso país depois de mais de 50 anos de confrontos, mortes, atentados e dor. Colocamos um ponto final ao conflito armado com as Farc”, ressaltou.

Santos, que presenciou a assinatura do acordo junto ao chefe máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Timoleón Jiménez, ressaltou que o pacto alcançado “significa nem mais nem menos que o fim das Farc como grupo armado”.

“Chegou a horas de vivermos sem guerra, de viver em um país com paz, de viver em um país com esperanças”, declarou o presidente, que ressaltou que “os colombianos se acostumaram a viver em conflito, e já não temos referência nem mesmo de recordações do que é a paz”.

O presidente também garantiu que o acordo final de paz será assinado na Colômbia.

“O acordo final será assinado na Colômbia e hoje quero agradecer finalmente a Cuba, ao presidente Raúl Castro, nosso generoso anfitrião”, declarou Santos.

Impulso

Nesta quinta, foi assinado as condições de cessar-fogo definitivo, de desarmamento dos rebeldes e do mecanismo para referendar o pacto final de paz. Trata-se do acordo mais sólido já alcançado entre as partes, fator que dá impulso adicional às negociações de paz que ocorrem em Havana desde 2012. É a primeira vez desde meados da década de 1980 que as duas partes concordam com uma trégua bilateral.

Participaram da cerimônia o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e os presidentes de Cuba, Raúl Castro, do Chile, Michelle Bachelet, e da Venezuela, Nicolás Maduro.

A etapa do cessar-fogo bilateral definitivo prevê o cumprimento de um cronograma para deposição de armas e garantias de segurança para os ex-combatentes das Farc. Com o acordo, mais de 7 mil guerrilheiros devem entregar as armas.

As autoridades colombianas acreditam que o acordo definitivo de paz com as Farc poderá ser firmado no dia 20 de julho.

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