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Terrorismo

Em documento, Obama se distancia da doutrina da "guerra ao terror"

Presidente Barack Obama anunciou nova estratégia de segurança nacional. Documento afirma que guerra deve ser último recurso

Obama: odiado pelos banqueiros, ainda bem. | Casa Branca/Divulgação
Obama: odiado pelos banqueiros, ainda bem. (Foto: Casa Branca/Divulgação)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abandonou, em sua nova estratégia de segurança nacional, a terminologia segundo a qual o país está em meio a uma "guerra ao terror". O documento, apresentado nesta quinta-feira, nomeia especificamente a rede terrorista Al-Qaeda como o principal adversário dos EUA. A nova estratégia de Obama, contudo, representa uma mudança em relação à adotada por seu antecessor George W. Bush. A estratégia de Obama diz que guerras devem ser o último recurso, a serem travadas apenas quando a diplomacia for exaurida.

"Nós sempre buscaremos deslegitimar o uso do terrorismo e isolar aqueles que o praticam", afirma o documento, produto de intensas deliberações internas durante os 16 meses da administração Obama "Ainda assim, isso não é uma guerra global contra uma tática, o terrorismo, nem uma religião, o Islã", aponta o texto.

"Nós estamos em guerra contra uma rede específica, a Al-Qaeda, e suas afiliadas terroristas que apoiam os esforços para atacar os Estados Unidos, nossos aliados, nossos parceiros."

A expressão "guerra ao terror" era bastante usada pelo antecessor do atual presidente, George W. Bush. Obama apresentou nesta quinta-feira a nova doutrina de segurança, que enfatiza o valor da cooperação global, o desenvolvimento de parcerias de segurança mais abrangentes e o auxílio para que outras nações possam se defender sozinhas.

"Nossas Forças Armadas sempre serão o elemento crucial para nossa segurança, mas elas devem ser complementadas", notou Obama no documento. Segundo o presidente, a segurança norte-americana também depende "de diplomatas que podem agir em cada canto do mundo", de "especialistas em desenvolvimento que podem fortalecer a governança e apoiar a dignidade humana", além de mecanismos de inteligência e segurança para evitar ataques, fortalecer os sistemas judiciais e trabalhar com outros países.

Como alguns de seus antecessores, Obama incluiu um compromisso em construir a saúde econômica dos EUA como parte da estratégia de segurança. Um ponto importante da sua agenda é criar o que ele chama de uma "nova fundação" para o futuro econômico, através de uma melhor instrução, redução do déficit público, um setor de energia menos poluidor e um sistema de saúde remodelado

"Nossa estratégia começa pelo reconhecimento de que nossa força e influência no exterior se inicia a partir dos passos que damos em casa", escreveu Obama no prefácio do documento.

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