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O presidente do parlamento da Venezuela, Diosdado Cabello, liderou neste sábado (15) uma marcha em Caracas em apoio à Polícia Nacional Bolivariana (PNB) e a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) atuantes nos protestos realizados há um mês contra o governo.

"O povo que não brigou está na rua cumprimentando os membros da PNB e GNB, o quarto braço da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), que atuam contra as manifestações opositoras ao governo de Nicolás Maduro quando se tornaram violentas, sem cair em provocações", disse Cabello aos jornalistas.

O povo que apóia o governo "confia na liderança de Nicolás Maduro; o povo acode a esta convocação (...) em reconhecimento aos que lutaram pela paz, neste caso a GNB, mas o povo está aí, tranquilo, expectante", declarou.

Maduro revelou nesta sexta que mais de 20 mil homens de ambas as instâncias policiais foram mobilizados para conter mais de 500 eventos de violência há um mês, e disse que todos os mortos são da "violência guarimbera" (das barricadas e distúrbios).

A Venezuela sofre desde 12 de fevereiro uma onda de protestos contra Maduro que em alguns casos geraram fatos violentos com um saldo oficial de 28 mortos, entre ativistas de ambos os bandos, alguns transeuntes e policiais.

Maduro afirmou que foram detidas pouco mais de 1.500 pessoas, em sua imensa maioria liberadas com medidas cautelares, e que há 21 funcionários da GNB e da Polícia Nacional detidos com acusações de uso excessivo da força.

Entre estes figuram, disse o chefe de Estado, oito funcionários detidos após as três primeiras mortes em 12 de fevereiro em Caracas, e um número não precisado de agentes da Polícia Nacional.

Cabello disse hoje a respeito que "nenhuma pessoa" membro dos organismos de segurança "deu instruções para atacar" e que "não cairão em provocação" e seguirão "aguentado atropelos contra eles".

Advertido por jornalistas sobre agressões contra a imprensa por parte de policiais, Cabello respondeu: "Sabe por que acontece? Nos protesto chegam pessoas com câmaras que não são jornalistas, inclusive com identificações falsas".

"Aqui (na marcha de apoio aos policiais de hoje) capturamos pessoas com carteiras de jornalistas que, na verdade, são matadores; estavam aqui intrometidos na manifestação", sustentou Cabello sem mais detalhes.

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