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O presidente do governo espanhol, o socialista José Luis Rodrí­­guez Zapatero, anunciou neste sábado que não será candidato nas eleições gerais de 2012, em um contexto de crise econômica que mi­­nou a popularidade do governo após as duras medidas de austeridade adotadas. "Não vou ser candidato nas próximas eleições ge­­rais", afirmou em um discurso no comitê federal do Partido Socia­­lista Operário Espanhol (PSOE) em Madri.

O presidente pediu ao partido que inicie o processo de primárias para designar uma nova pessoa à frente da formação para as próximas eleições. Zapatero, 50 anos, foi eleito presidente em 2004 e reeleito em 2008. Ele afirmou que com o anúncio pretende acabar com o que percebia como uma in­­certeza de vários meses. Segundo Zapatero, não vale a pena "esperar até o fim nem prolongar de modo desnecessário a especulação". "Eu pensava do mesmo jeito há sete anos: dois mandatos são suficientes", completou.

O presidente disse ainda que tinha ouvido muitas opiniões e argumentos nos últimos dias. Também pesaram suas "experiências emocionais", o que significa que ele havia discutido o assunto com sua família.

Depois de uma década prodigiosa em que recuperou para o PSOE territórios vastos e consolidou na Espanha importantes reformas sociais, Zapatero deixa seu posto de forma mais triste, com alto nível de desemprego no país e desesperança. O desafio do PSOE agora é en­­contrar um candidato para preencher o vazio deixado por Zapatero. Com a crise, todas as previsões apontam para uma derrota do partido.

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