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Os italianos iniciaram neste domingo (11) a votação de um referendo de dois dias sobre a possibilidade de arquivar por tempo indeterminado os planos de energia nuclear do governo, diante das preocupações que surgiram após crise na usina de Fukushima, no Japão, conforme relatou o Wall Street Journal. A votação sobre o uso de energia nuclear na Itália, suspenso em 1987, é parte de um pacote de questões do referendo. Também são avaliadas a privatização das instalações de água do país e a eventual rejeição de uma lei aprovada pelo governo conservador no ano passado, que isenta autoridades de comparecer aos tribunais quando acusadas de crime.

Muitos acreditam que a lei foi criada para ajudar o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, que enfrenta quatro acusações criminais. Além disso, a questão é vista como um importante teste político para a coalizão conservadora do premiê.

Em geral, os referendos na Itália são usados para possivelmente rejeitar uma lei. Neste caso, para que seja válido, mais de 50% da população votante precisa comparecer às urnas - uma parcela elevada que foi alcançada pela última vez em 1995.

Até as 19 horas no horário local neste domingo, 30% da população havia votado, o que dá esperança aos apoiadores do referendo. A votação continua na segunda-feira. Acredita-se que, se o quórum for alcançado, será principalmente por causa da preocupação popular com a energia nuclear após o acidente de Fukushima.

Berlusconi transformou o plano de retomar o programa de energia atômica da Itália até 2014 num dos principais de sua agenda. No início deste ano, como outros países, a Itália suspendeu os planos por causa da crise de Fukushima. Mas o governo espera voltar a praticá-los no longo prazo, construindo diversas usinas no país. As informações são da Dow Jones.

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