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Fúria da Terra

Em Roma, um dia de apreensão e busca por notícias

Roma - Quem acordou assustado na capital italiana com os fortes tremores de terra durante a madrugada de ontem não imaginava o caos que se tinha formado a quase 100 quilômetros de distância. Enquanto o número de vítimas do terremoto crescia a cada hora na região do Abruzzo, amigos e parentes buscavam desesperadamente notícias de familiares. E nem sempre eram positivas.

Em L’Aquila, a maioria dos sobreviventes assistiu à destruição de sua moradia do lado de fora e passou o resto da madrugada na rua, com medo, à espera de ajuda, dentro de automóveis ou reunidos na praça principal da cidade. O clima de terror durou muito tempo, já que os abalos continuaram sendo sentidos durante todo o dia, tendo um novo pico perto das 18h30.

Nas outras pequenas províncias da região o panorama não era diferente. Além das ruínas, ao trafegar pelas estradas da região era possível ver massas de pessoas sendo atendidas por equipes de socorro, muitas delas ainda vestidas com pijamas e em estado de choque.

Até o fim do dia de ontem, as autoridades italianas não tinham conseguido encontrar um lugar para alojar as aproximadamente 20 mil pessoas que estavam desabrigadas. Tampouco havia terminado as buscas por sobreviventes. Famílias esperavam sua vez de serem encaminhadas a albergues em cabanas ou toldos cedidos pelas autoridades italianas e cidadãos de cidades vizinhas. Grupos de solidariedade italianos distribuíam água e comida.

Nenhum órgão oficial sabe precisar o numero de desaparecidos. As estimativas são desencontradas e inúmeros sobreviventes persistem na existência de parentes e amigos que estariam soterrados.

Previsão

Em Roma, as discussões sobre o desastre foram acaloradas durante todo o dia. Na internet começaram a circular varias mensagens difundindo a noticia de que o terremoto podia ter sido previsto a tempo de evacuar a população. O jornal Corriere della Sera publicou em sua página online entrevista com o sismólogo Giampaolo Giuliani, do Instituto de Astrofísica da Itália, que afirma ter previsto para 29 de março um terremoto na região de Abruzzo, a partir do movimento de gases no subsolo.

O governo Berlusconi negou a possibilidade de previsão, repetindo dados do Centro Italiano de Terremotos. A polêmica promete continuar nos próximos dias.

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