
L´Aquila - Além do saldo de vítimas do terremoto que atingiu a região italiana de Abruzzo, autoridades já contabilizavam ontem os primeiros danos ao rico patrimônio histórico local. A cidade de LAquila e vilarejos ao redor abrigam igrejas e castelos renascentistas, góticos e barrocos alguns deles do século 13.
"O dano é mais sério do que podemos imaginar. O centro histórico de LAquila foi devastado, disse Giuseppe Proietti, um alto funcionário do Ministério da Cultura. Segundo ele, um levantamento mais preciso dos prejuízos ao patrimônio histórico ainda não foi feito.
A cidade de cerca de 70 mil habitantes está localizada em um vale cercado pelos montes Apeninos, cobertos de neve nos topos. Fundada por volta de 1240 pelo imperador romano Frederico II, durante os seus séculos de história chegou a ser dominada por franceses e espanhóis, que também deixaram ali seus legados arquitetônicos.
Entre os locais danificados conhecidos está a Basílica de Santa Maria di Collemaggio, do século 13, que teve a parte de trás toda destruída. O local, destino de milhares de peregrinos, foi sede da entronização do papa Celestino V, contemporâneo à fundação da cidade, e abriga seu túmulo.
Igrejas
As igrejas barrocas de Santo Agostinho e do Sufrágio esta localizada na principal praça do centro histórico, a Piazza del Duomo , ambas do século 18, tiveram desmoronamentos parciais nos seus domos.
O campanário da igreja de San Bernardino, do século 15, que resistira a sucessivos terremotos ao longo da história, desmoronou.
O Museu Nacional de Abruzzo, fundado em 1950 e localizado em um castelo espanhol do século 15, teve o terceiro andar comprometido, impedindo por ora o acesso a pinturas e obras de arte dos séculos 17 e 18 mantidas no local. Segundo autoridades, o risco de desmoronamento dificulta as buscas.
O Portão de Nápoles, uma das cinco entradas do centro histórico de LAquila, construída em homenagem ao imperador romano Carlos V, segundo a agência Ansa, foi destruída.
Os banhos termais de Caracalla, em Roma (a 100 km de LAquila), erguidos no século 3, também sofreram danificações. Segundo a prefeitura da capital italiana, "especialistas constataram alguns danos, que deverão ser avaliados com maior precisão. Outros monumentos da cidade, como o Coliseu, não foram afetados.



