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A Guarda Costeira da Itália tomou o controle de um cargueiro abandonado em alto mar por sua tripulação que se dirigia à costa italiana com 450 imigrantes a bordo, entre eles mulheres e crianças. O capitão da Guarda Costeira, Filippo Marini, explicou ao canal de TV Sky que seis agentes subiram a bordo com um helicóptero para dirigir a embarcação e leva-la a um porto italiano. O barco foi visto por um avião da marinha da Itália na última noite, quando estava a cerva de 40 milhas (70 km) do Cabo de Leuca, em Lecce, no sul do país.

Quando as autoridades portuárias entraram em contato com o barco, explica Marini, a única resposta que obtiveram foi a de uma mulher que disse que os passageiros estavam sozinhos, já que a tripulação havia abandonado a embarcação. Ainda segundo o oficial, o cargueiro - que se chama Ezadeen- procede de um porto turco. Segundo a Guarda Costeira, citada pela imprensa italiana, havia o risco de um desastre se o navio se chocasse contra rochas.

Outro caso

Na quarta-feira (31), o chamado Blue Sky M, de bandeira moldava e com 796 imigrantes -em sua maioria sírios e curdos- a bordo, também chegou ao sul da Itália na mesma circunstância. Na ocasião, 35 dos imigrantes resgatados sofriam de hipotermia e tiveram de ser levados a um hospital, de acordo com Mimma Antonacci, porta-voz da Cruz Vermelha italiana. Acredita-se que traficantes de pessoas estão por trás dos episódios.

Recentemente, a Itália abandonou a operação Mare Nostrum, que custava 80,9 milhões de euros mensais ao país e agora faz parte de uma operação chamada Triton, subordinada à Frontex (Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia). A operação visa a cooperação entre diversos países europeus para o controle das fronteiras. Por isso, a Itália contou com a ajuda de um navio islandês no resgate desta sexta.

Entretanto, críticos da Triton -que tem orçamento menor que a Mare Nostrum- dizem que a operação é frágil e pode facilitar o tráfico de pessoas.

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