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Violência provocada pelo crime organizado levou as Forças de segurança a realizarem operações especiais nas ruas do Equador
Violência provocada pelo crime organizado levou as Forças de segurança a realizarem operações especiais nas ruas do Equador| Foto: EFE/ José Jácome

As Forças Armadas do Equador prenderam 1.327 pessoas, 143 delas suspeitas de terrorismo, na última semana, durante o estado de emergência declarado pelo governo de Daniel Noboa, em uma tentativa de superar a onda de violência desencadeada por grupos criminosos nas penitenciárias e nas ruas.

De acordo com o balanço atualizado, divulgado neste domingo (14) pelo chamado Eixo de Segurança - formado por militares, policiais e comandantes do governo, nos últimos sete dias, as forças de segurança realizaram um total de 12.974 operações em todo o país.

Essas operações são o resultado da aplicação dos decretos de estado de exceção e "conflito armado interno" emitidos pelo governo para freaer a espiral de violência que atinge o país desde a fuga da prisão de Fito, líder da facção Los Choneros, no dia 7.

O estado de exceção, que deve durar até o início de março, inclui um toque de recolher de seis horas, entre 23h e 5h, quando as forças policiais patrulham as cidades.

No decreto executivo que reconhece um "conflito armado interno", o governo identificou pelo menos 22 grupos do crime organizado transnacional e os listou "como organizações terroristas e atores não estatais beligerantes".

Entre eles, foram citados os grupos Águilas, ÁguilasKiller, Ak47, Caballeros Oscuros, ChoneKiller, Choneros, Covicheros, Cuartel de las Feas, Cubanos, Fatales, Gánster, Kater Piler, Lagartos, Latin Kings, Lobos, Los p.27, Los Tiburones, Mafia 18, Mafia Trébol, Patrones, R7 e Tiguerones.

De acordo com especialistas, a designação desses grupos como beligerantes abre uma porta jurídica para que as Forças Armadas, juntamente à polícia, ajam com todos os seus recursos para neutralizá-los.

No último balanço, o Eixo de Segurança informou que, entre as operações realizadas nos últimos sete dias, 32 foram dirigidas contra grupos terroristas e que cinco pessoas identificadas como terroristas foram mortas.

O relatório também afirmou que dois policiais foram mortos no cumprimento do dever e que não houve baixas nas fileiras militares. Também indicou que 27 prisioneiros que fugiram de prisões onde ocorreram rebeliões de detentos foram recapturados.

As forças de segurança também apreenderam 491 armas de fogo, 268 armas brancas, 12 alimentadores (carregadores de balas), 14 embarcações, 462 explosivos, 10.241 cartuchos de munição, 135 telefones celulares e 2.755 galões de combustível (cerca de 10.428 litros) durante as operações.

Um total de 343 veículos e 195 motocicletas foram recuperados, acrescentou o relatório, observando que dez ataques à infraestrutura policial e 13 ataques a prédios públicos e privados foram registrados nos últimos seis dias.

A espiral de violência começou há uma semana, logo após o presidente Noboa anunciar que estava se preparando para lançar o "Plano Fênix", com o objetivo de retomar o controle das prisões, muitas delas dominadas internamente por grupos criminosos, cujas rivalidades deixaram mais de 450 detentos mortos desde 2020 em uma série de massacres em prisões.

Essa violência também se espalhou pelas ruas, tornando o Equador um dos países mais violentos do mundo, com 45 homicídios por 100 mil habitantes em 2023. (Com Agência EFE)

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