A embaixadora americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, anunciou nesta terça-feira (9) que vai deixar o cargo no final deste ano. Em uma coletiva de imprensa, sentada ao lado do presidente Donald Trump, ela disse que foi “a honra de uma vida inteira” servir o país no cargo.
“Sou muito sortuda por ter sido capaz de vir para o estado em que me criei e servir o país. Fui muito abençoada e quero agradecer por isso", Haley disse a Trump.
“Ela fez um trabalho fantástico e fizemos um trabalho fantástico juntos", disse Trump, acrescentando que Haley tem sido “muito especial”.
Haley justificou sua saída dizendo que acredita ser a hora de outro embaixador assumir o cargo. Ela já havia anunciado a intenção ao presidente no início do ano. Seu foco agora é garantir que tudo “esteja no lugar” para que o próximo embaixador seja empossado. Trump deve anunciar o novo nome dentro de duas ou três semanas.
“Temos várias pessoas que gostariam de ocupar o cargo”, disse Trump, acrescentando que a posição se tornou "mais glamourosa" no período em que foi ocupada por Haley.
Antecipando perguntas dos repórteres, a embaixadora disse que não vai concorrer à presidência em 2020. “Posso prometer a vocês que eu vou estar fazendo campanha para este aqui”, disse ao apontar para Trump. “Estou ansiosa para apoiar o presidente [Trump] na próxima eleição”.
A ex-governadora da Carolina do Sul foi escolhida como embaixadora na ONU após a vitória do republicano nas eleições presidenciais de 2016. A nomeação ocorreu apesar de ela ter apoiado Marco Rubio, rival de Trump, nas primárias do partido no estado. Depois, Haley respaldou o senador pelo Texas Ted Cruz.
Desde o início de seu mandato, Haley destacou-se como uma feroz defensora das políticas administrativas de Trump, anunciando que os Estados Unidos estariam "anotando os nomes" de países que não apoiavam os votos dos EUA na ONU. Falou muitas vezes sobre a necessidade de reformas dentro da ONU e em suas forças de manutenção da paz, e frequentemente criticou as agências da organização por defender posições anti-Israel. No início do ano, ela anunciou a saída dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, acusando o órgão de ser “hipócrita” e ter um “viés anti-Israel”. Haley também pressionou por resoluções do Conselho de Segurança que impunham mais sanções à Coreia do Norte.
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